Semana de 4 dias: pesquisa afirma que 81% dos trabalhadores apoiam tendência

Apenas 6% dos entrevistados acreditam que a nova tendência não funcionaria no país.

Uma nova pesquisa realizada pelo site de vagas Empregos.com.br revelou que 81% dos trabalhadores são a favor da semana de 4 dias, ou seja, trabalham em quatro dias da semana e folgam em três, no esquema 4×3. 

Entre os entrevistados, 13% ainda tem dúvidas sobre este formato de trabalho e apenas 6% disseram acreditar que a modalidade não funciona no Brasil.

Apesar da grande aprovação dos colaboradores, as empresas ainda estão resistindo a essa nova tendência. Segundo a pesquisa, apenas 4,9% das companhias entrevistadas aprovam a jornada reduzida. 

Ainda das 251 empresas participantes, 25% são contrários à novidade e 71,1% ainda não têm um posicionamento sobre o assunto.

Foram 2.552 trabalhadores entrevistados para o estudo, que também revelou que 76% trabalham presencialmente, 5,3% adotaram o modelo híbrido e 4,6% em home office.

Sobre a jornada de trabalho exercida, 82,5% trabalham 40 horas semanas, 15,6% tem políticas de horários flexíveis e 1,9% aproveitam a “short-friday”, benefício que permite a equipe sair mais cedo às sextas-feiras.

Fonte: Izabella Miranda – Contábeis

Empréstimo consignado: jovens são os que mais contratam crédito no país

Público é responsável por 29,4% do total de contratos formalizados até outubro com desconto direto na folha de pagamento.

Jovens e adultos entre 20 e 29 anos são os maiores tomadores de empréstimos consignados no Brasil, conforme pesquisa divulgada pela BX Blue, marketplace especialista em crediário.

Este público, segundo o levantamento, é responsável por 29,4% do total de contratos formalizados até outubro de 2022 com desconto direto na folha de pagamento.

Na sequência, em segundo lugar, estão pessoas entre 30 e 39 anos, com 22,1% dos empréstimos feitos ainda este ano. No ano passado, os percentuais eram de 22,2% (20 a 29 anos) e 20,4% (30 a 39 anos).

A pesquisa foi realizada utilizando a base de dados de contratante do serviço da BX Blue e engloba tanto empréstimos consignados pelo Siape quanto via Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) .

O aumento de contratação entre jovens é também bastante percebido quando o recorte é feito entre os servidores públicos federais. Segundo a pesquisa, em 2018, o percentual do funcionalismo na faixa de 20 a 29 anos era de 8,1% e hoje representa 15,8% entre os contratantes pela BX Blue.

“Muitas hipóteses podem explicar esses números. Uma delas é que este grupo de jovens servidores precisou, nos últimos anos, recorrer mais ao empréstimo consignado para pagar contas e realizar desejos de consumo. Com a pandemia da COVID-19 e o congelamento de salários do funcionalismo, o empréstimo consignado torna-se a principal alternativa para os servidores públicos terem dinheiro extra com baixo custo”, avalia o cofundador e CEO da BX Blue, Gustavo Gorenstein.

Segundo a empresa, recentemente várias medidas garantiram o aumento da margem consignável, valor máximo da renda que pode ser comprometida com esta modalidade de crédito. 

Até o início de dezembro deste ano, os servidores públicos federais têm garantida margem de 40% da renda líquida, sendo 35% para débitos decorrentes de empréstimo consignado e 5% para despesas do cartão de crédito consignado. 

“A Medida Provisória do governo federal que aumentou a margem dos servidores federais está em análise no Congresso; ela precisa ser votada e aprovada até o começo de dezembro de 2022. Caso contrário perderá a validade e, com isso, os servidores públicos da União voltam a ter uma margem consignável menor, o que restringe sua capacidade de obter crédito consignado, que é o de menor custo do mercado”, informa Gustavo.

Fonte: Lívia Macario – Contábeis.

Copom inicia 7ª reunião do ano para definir taxa básica de juros

Em 13,75% ao ano, Selic parou de subir na última reunião, em setembro

Em meio aos impactos de uma possível recessão nos Estados Unidos e do comportamento da inflação no Brasil, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) começa hoje (25) a sétima reunião do ano para definir a taxa básica de juros, a Selic. Amanhã (26), ao fim do dia, o Copom anunciará a decisão.

Segundo a edição mais recente do boletim Focus, pesquisa semanal com analistas de mercado, a Selic deverá ser mantida em 13,75% ao ano pela segunda vez seguida. Os analistas de mercado esperam que a taxa permaneça nesse nível até meados de 2023.

Na ata da última reunião, os membros do Copom indicaram que pretendiam manter a Selic, mas não excluíram a possibilidade de novos reajustes, caso a inflação persista no médio prazo. No menor nível da história até março de 2021, quando estava em 2% ao ano, a Selic foi reajustada sucessivamente até chegar a 13,75% ao ano em agosto. Em setembro, a taxa foi mantida nesse nível.

Depois de altas nos últimos meses, as expectativas de inflação têm caído. A última edição do boletim Focus reduziu a previsão de inflação oficial pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 5,62% para 5,6% em 2022. Em junho, as projeções para o IPCA chegaram a 9%.

Embora a gasolina e a energia elétrica tenham ficado mais baratas nos últimos meses, a guerra entre Rússia e Ucrânia continua a causar impacto nos preços do diesel, de fertilizantes e de outras mercadorias importadas. Além disso, a instabilidade na economia norte-americana, que enfrenta a maior inflação nos últimos 41 anos, tem provocado forte volatilidade na cotação do dólar em todo o planeta.

Para 2022, a meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC, definida pelo Conselho Monetário Nacional, é de 3,5%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 2% e o superior é 5%. Os analistas de mercado consideram que o teto da meta será estourado pelo segundo ano consecutivo.

Aperto monetário

Principal instrumento para o controle da inflação, a Selic continua em ciclo de alta, depois de passar seis anos sem ser elevada. De julho de 2015 a outubro de 2016, a taxa permaneceu em 14,25% ao ano. Depois disso, o Copom voltou a reduzir os juros básicos da economia até que a taxa chegou a 6,5% ao ano, em março de 2018.

Em julho de 2019, a Selic voltou a ser reduzida até chegar ao menor nível da história em agosto de 2020, em 2% ao ano. Começou a subir novamente em março do ano passado, até chegar a 13,75% ao ano em agosto deste ano.

Taxa Selic

A taxa básica de juros é usada nas negociações de títulos públicos emitidos pelo Tesouro Nacional no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) e serve de referência para as demais taxas da economia. Ela é o principal instrumento do Banco Central para manter a inflação sob controle. O BC atua diariamente por meio de operações de mercado aberto – comprando e vendendo títulos públicos federais – para manter a taxa de juros próxima ao valor definido na reunião.

Quando o Copom aumenta a taxa básica de juros, pretende conter a demanda aquecida, causando reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Desse modo, taxas mais altas seguram a atividade econômica. Ao reduzir a Selic, a tendência é de que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle da inflação e estimulando a atividade econômica.

Entretanto, as taxas de juros do crédito não variam na mesma proporção da Selic, pois a taxa é apenas uma parte do custo do crédito. Os bancos também consideram outros fatores na hora de definir os juros cobrados dos consumidores, como risco de inadimplência, lucro e despesas administrativas.

O Copom reúne-se a cada 45 dias. No entanto, por causa do feriado de 2 de novembro, a reunião foi antecipada para a última semana de outubro. No primeiro dia do encontro, são feitas apresentações técnicas sobre a evolução e as perspectivas das economias brasileira e mundial e o comportamento do mercado financeiro. No segundo dia, os membros do Copom, formado pela diretoria do BC, analisam as possibilidades e definem a Selic.

Fonte: Wellton Máximo – Agência Brasil.

Cepal eleva para 2,6% previsão de crescimento para o Brasil este ano

Para 2023, órgão estima expansão de 1% para economia brasileira

A economia brasileira deverá crescer mais que o inicialmente previsto este ano, mas desacelerará a partir do próximo ano, divulgou hoje (19) a Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal). Neste ano, o Produto Interno Bruto (PIB, soma dos bens e serviços produzidos no pais) crescerá 2,6%, contra estimativa anterior de 1,6%. Em 2023, o Brasil deverá crescer 1%, no mesmo ritmo da Argentina.

Uma das cinco comissões econômicas regionais das Nações Unidas, a Cepal revisou as projeções para 2022 para as economias da latino-americanas e caribenhas, apresentadas em agosto, e divulgou as estimativas para 2023. A economia da região se expandirá 3,2% este ano, contra previsão anterior de 2,7%. Para 2023, o crescimento ficará em apenas 1,4%.

Conforme as estimativas da Cepal, o crescimento da economia brasileira ficará abaixo da média regional no próximo ano. Na América do Sul, o Brasil só deverá registrar desempenho melhor que o Chile, cuja economia deverá se expandir 0,9% no próximo ano.

Fatores

De acordo com a Cepal, dois fatores contribuirão para a desaceleração econômica da América Latina e do Caribe no próximo ano. O primeiro é a guerra entre Rússia e Ucrânia, que afeta negativamente o crescimento global e acentua as pressões sobre a inflação, a volatilidade no mercado internacional e os custos financeiros.

O segundo fator responsável por prejudicar a economia da região são os aumentos de juros por parte dos bancos centrais de economias avançadas, que prejudica o fluxo de capitais aos países emergentes. Segundo a Cepal, o aperto monetário em países desenvolvidos provoca a desvalorização das moedas latino-americanas e caribenhas e encarece os financiamentos aos países da região.

“Embora se espere que esse processo [aumento de juros] termine em 2023, na medida em que as expectativas de inflação se ancorem em vários países, os efeitos dessa política restritiva sobre o consumo privado e o investimento estarão presentes”, destacou a Cepal em comunicado.

Efeitos distintos

Algumas regiões do continente serão afetadas de formas distintas. A América do Sul deverá sentir os efeitos da desaceleração da economia chinesa, principal parceiro comercial da maioria dos países da região, e pela queda da renda provocada pela inflação.

A América Central e o México sentirão os efeitos do baixo dinamismo dos Estados Unidos, que afetaria as exportações. A queda ou estagnação das remessas de emigrantes que vivem em território norte-americano prejudicará o consumo privado, mas uma eventual queda no preço das commodities (bens primários com cotação internacional) beneficiaria países que são grandes importadores de alimentos e de energia.

Em relação ao Caribe, a Cepal aponta que a inflação afetou não apenas a renda e o consumo. Segundo o órgão, a alta dos custos de produção prejudicou o turismo e diminuiu a competitividade das exportações.

Fonte: Wellton Máximo – Agência Brasil.

Taxa média de juros cai em agosto, mas segue tendência de alta

Endividamento das famílias chega a 53,1% em julho

A taxa média de juros das concessões de crédito livre e direcionado teve leve queda no mês de agosto, mas mantém a tendência de alta em 12 meses, segundo as Estatísticas Monetárias e de Crédito divulgadas hoje (28) pelo Banco Central (BC). A taxa alcançou 28,7% ao ano em agosto, redução de 0,7 ponto percentual no mês e alta de 7,6 pontos percentuais em 12 meses.

A alta dos juros bancários médios ocorre em um momento em que a taxa básica de juros da economia, a Selic, está em seu maior nível desde janeiro de 2017, em 13,75% ao ano.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), a Selic foi mantida nesse patamar, após 12 elevações consecutivas, em um ciclo de aperto monetário que começou em meio à alta dos preços de alimentos, de energia e de combustíveis. A Selic é o principal instrumento usado pelo BC para alcançar a meta de inflação.

Em ata divulgada ontem (27), o Copom avaliou que “o repasse da Selic para as taxas finais de diferentes modalidades de crédito tem ocorrido conforme esperado, ainda que as concessões de crédito para pessoa jurídica sigam mais robustas que o esperado”. A elevação da taxa básica ajuda a controlar a inflação porque causa reflexos nos preços, já que juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança, contendo a demanda aquecida.

No crédito livre para as famílias, a taxa média de juros chegou a 53,9% ao ano, com aumento de 0,5 ponto percentual em relação a julho e de 13,4 pontos percentuais em 12 meses. Nas contratações com empresas, a taxa livre caiu 0,6 ponto percentual no mês e cresceu 6,6 pontos percentuais em 12 meses, alcançando 22,8% ao ano.

Para pessoas físicas, o destaque foi o cartão de crédito, com alta de 2,1 pontos percentuais no mês e 25,5 pontos percentuais em 12 meses, alcançando 87,3% ao ano. No crédito rotativo, que é aquele tomado pelo consumidor quando paga menos que o valor integral da fatura do cartão e dura 30 dias, houve aumento de 3,5 pontos percentuais no mês e 62,9 pontos percentuais em 12 meses, para 398,4% ao ano. Após os 30 dias, as instituições financeiras parcelam a dívida. Nesse caso do cartão parcelado, os juros subiram 4,2 pontos percentuais no mês e 22,3 pontos percentuais em 12 meses, para 185,9% ao ano.

Também influenciaram o aumento dos juros para as famílias as taxas do cheque especial, com alta de 1,2 ponto percentual no mês e 3,5 pontos percentuais em 12 meses (128,6% ao ano). Por outro lado, os juros do crédito pessoal não consignado caíram 1,1 ponto percentual no mês de agosto e aumentaram 5,5 pontos percentuais em 12 meses (85,4% ao ano).

No crédito livre às empresas, houve queda de 1,5 ponto percentual no mês e alta de 5,8 pontos percentuais em 12 meses em capital de giro, chegando a 22% ao ano. Já no cheque especial, os juros subiram 3,6 pontos percentuais no mês e caíram 1,2 ponto percentual em 12 meses, indo para 325,4% ao ano. O financiamento a importações caiu 2,3 pontos percentuais em agosto e subiu 1,7 ponto percentual em 12 meses, para 11,7% ao ano. Por fim, o cartão de crédito teve recuo de 3,5 pontos percentuais nos juros do mês e aumento de 14,1 pontos percentuais em 12 meses, para 39,7% ao ano.

Crédito direcionado

Essas taxas são do crédito livre, em que os bancos têm autonomia para emprestar o dinheiro captado no mercado e definir as taxas de juros cobradas dos clientes. Já o crédito direcionado, que tem regras definidas pelo governo, é destinado basicamente aos setores habitacional, rural, de infraestrutura e ao microcrédito.

No caso do crédito direcionado, a taxa média para pessoas físicas ficou em 10,6% ao ano em agosto, estável no mês e alta de 3,5 pontos percentuais em 12 meses. Para as empresas, a taxa caiu 6,3 pontos percentuais no mês e 1 ponto percentual em 12 meses, para 9,1% ao ano.

Alta das contratações

Mesmo com a alta dos juros, em agosto, o estoque de todos os empréstimos concedidos pelos bancos do Sistema Financeiro Nacional (SFN) ficou em R$ 5,067 trilhões, com aumento de 1,6% em relação a julho. O crescimento em 12 meses da carteira chegou a 16,8% no mês passado. O saldo do crédito correspondeu a 54,3% do Produto Interno Bruto (PIB), que é a soma de todos os bens e serviços que o país produz.

O saldo das operações de crédito do SFN com as micro, pequenas e médias empresas cresceu 2,2% e 14,4%, no mês e em 12 meses, respectivamente, ante variações de -0,4% e de 8,2% com o segmento de grandes empresas, naqueles mesmos períodos. Como resultado, de acordo com o BC, a participação da carteira de micro, pequenas e médias manteve sua trajetória de crescimento gradual ao longo dos últimos dois anos.

O crédito ampliado ao setor não financeiro, que é o crédito disponível para empresas, famílias e governos independentemente da fonte (bancário, mercado de título ou dívida externa) alcançou R$ 14,259 trilhões, crescendo 0,6% no mês e 10,4% em 12 meses.

Esse aumento ocorreu majoritariamente nos empréstimos do SFN no mercado doméstico, a expansão de 1,6%. Na comparação interanual, o crédito ampliado cresceu 10,4%, com relevância para os crescimentos na carteira de títulos de dívida (10,5%) e na carteira de empréstimos do SFN (16,8%).

Endividamento das famílias

De acordo com o BC, a inadimplência (considerados atrasos acima de 90 dias) tem se mantido estável há bastante tempo, com pequenas oscilações, e registrou 2,8% em agosto. Nas operações de crédito livre para pessoas físicas, está em 5,6% e para pessoas jurídicas em 1,8%.

O endividamento das famílias, relação entre o saldo das dívidas e a renda acumulada em 12 meses, chegou ao recorde de 53,1% em julho, na série histórica iniciada em janeiro de 2005, refletindo o aumento das concessões de empréstimos. Houve alta de 0,3% no mês e de 5,1% em 12 meses. Com a exclusão do financiamento imobiliário, que pega um montante considerável da renda, ficou em 33,6% no mês de julho.

Já o comprometimento da renda, relação entre o valor médio para pagamento das dívidas e a renda média apurada no período, ficou em 28,6% naquele mês, crescimento de 0,5% no mês e 3,8% em 12 meses, também o recorde da série. Para esses últimos dados, há uma defasagem maior do mês de divulgação, pois o Banco Central depende de dados apresentados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) sobre a renda das famílias.

Fonte: Andreia Verdélio – Repórter da Agência Brasil – Brasília

Brasil fica em 35º lugar em índice de inclusão financeira

O país está em 35º lugar, ficando atrás da Índia, Quênia, Turquia e África do Sul.

Um novo índice global de inclusão financeira, divulgado pela Principal Financial Group e o Centre for Economics and Business Research (Cebr), mostrou que o Brasil ficou em uma das últimas posições do ranking.

Dos 42 países analisados, o Brasil ficou em 35º lugar, com uma nota 33,9 , atrás de países como Índia, Quênia, Turquia e África do Sul. Os países que lideraram o ranking foram Cingapura, EUA, Suécia, Hong Kong e Finlândia.

O índice é dividido em três pilares: 

  • Apoio do governo;
  • Sistema financeiro;
  • Empregador

Países que contam com forte apoio do governo e sistema financeiro tendem a ter um nível mais baixo de suporte do empregador, e o inverso também é verdadeiro.

As economias desenvolvidas, normalmente, pontuam bem no apoio do governo e do sistema, enquanto os emergentes, geralmente, pontuam melhor no apoio do empregador.

De acordo com o Banco Mundial, a inclusão financeira implica que “indivíduos e empresas tenham acesso a produtos e serviços financeiros úteis e acessíveis que atendam às suas necessidades – transações, pagamentos, poupança, crédito e seguro -, entregues de forma responsável e sustentável”.

Para o presidente da Principal na América Latina, Roberto Walker, na região, um fator importante na pontuação comparativamente baixa é o pilar de apoio do governo. 

“Dado que a maioria desses mercados são emergentes, a pesquisa revela como a colaboração público-privada é fundamental para promover a inclusão financeira.” 

Segundo ele, um exemplo positivo do sistema financeiro na região é o compromisso do Brasil com um ambiente regulatório que apoia inovações via fintechs. 

“A indústria de fintechs brasileiras cresceu e oferece diversas opções para as pessoas acessarem ferramentas financeiras significativas. O Brasil é atualmente líder em fintechs na América Latina e ocupa a 10ª posição geral no índice quando se trata de medir a quantidade e a qualidade das fintechs”, afirma.

No pilar apoio do governo, o Brasil ficou em 36º lugar, com nota 27,4 (a escala vai de zero a 100). Em apoio do sistema financeiro, figurou na 33ª posição (nota 35,7). E em apoio do empregador marcou a 22ª colocação (nota 55,8). 

O estudo aponta que a enorme maioria dos países na parte de baixo da tabela tem uma classificação ruim nos indicadores de educação e conhecimentos financeiros, o que prejudica a inclusão financeira.

De acordo com a pesquisa, as descobertas sugerem que a inclusão financeira pode ser um indicador poderoso dos mercados de capital e riqueza da próxima geração em todo o mundo.

A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) faz um contraponto à pesquisa da Principal, citando o Relatório de Cidadania Financeira 2021 divulgado pelo Banco Central, que mostrou que o percentual de adultos com acesso a serviços financeiros saltou de 85% em 2019 para 96% em 2020.

“Esse avanço expressivo na ampliação do acesso a serviços e na inclusão financeira dos brasileiros foi possível graças aos bilhões de reais investidos pelo setor bancário em tecnologia ao longo das últimas três décadas, que permitiram a grande velocidade da digitalização, potencializada pelo confinamento e distanciamento social na pandemia”, disse a Febraban.

A entidade afirma ainda que ao longo das últimas três décadas, os bancos brasileiros estiveram na vanguarda da tecnologia bancária mundial. O setor introduziu importantes mudanças no dia a dia das pessoas, como o chip nos cartões de crédito, os tokens, a biometria, a internet banking e o mobile banking. 

Segundo a Febraban, essas ferramentas foram incorporadas no cotidiano do cidadão e das empresas e hoje são tão comuns e fáceis como acender uma luz ou acessar a internet. 

Ela lembra ainda que o Pix, criado pelo Banco Central, lançado durante a pandemia e que “contou com o apoio irrestrito dos bancos na sua implementação”, se destaca pelo potencial de democratizar o acesso a serviços de pagamento e alavancar a inclusão digital.

Fonte: Lívia Macario – Contábeis.

IR: consulta ao último lote de restituição deve ser liberada nesta sexta (23)

O pagamento do último lote da restituição do Imposto de Renda será realizado no dia 30 de setembro.

A consulta ao quinto e último lote de restituições do Imposto de Renda 2022 vai ser liberada na sexta-feira (23).

Já o dinheiro será creditado no dia 30 de setembro, na conta informada no momento da declaração.

Como receber a restituição do IR

Para saber se o seu pagamento será liberado neste lote, você deve acessar o site da Receita e informar o número do CPF (sem separadores de números, pontos ou traços) e data de nascimento (digitando apenas os números, sem as barras).

O pagamento da restituição é feito diretamente na conta bancária informada na declaração de Imposto de Renda.

Se, por algum motivo, o crédito não for realizado (por exemplo, a conta informada foi desativada), os valores ficarão disponíveis para resgate por até um ano no Banco do Brasil.

Neste caso, dá para reagendar o crédito dos valores pelo portal BB ou pelos telefones da central de relacionamento do banco, pelos números 4004-0001 para capitais, 0800-729-0001 para demais localidades ou 0800-729-0088, telefone especial exclusivo para pessoas com deficiência auditiva. 

Calendário de pagamentos

Os pagamentos variam de acordo com a data de entrega da declaração do Imposto de Renda. Quem entregou antes, recebe primeiro.

O primeiro lote foi pago em 31 de maio, destinado aos contribuintes que têm preferência no pagamento, como idosos, pessoas com deficiência e professores, e também os contribuintes que enviaram a declaração no início do prazo de entrega, em março.

O segundo foi pago em 30 de junho aos contribuintes que enviaram a declaração do Imposto de Renda até o dia 18 de março deste ano. 

O terceiro lote foi pago em 29 de julho e incluiu os contribuintes que enviaram a declaração até 2 de maio deste ano.

O quarto lote foi pago em 30 de agosto e incluiu as pessoas que enviaram a declaração até 29 de maio.

Fonte: Danielle Nader – Contábeis.

Gás de cozinha: Petrobras reduz preço para distribuidoras

O reajuste representa uma queda de 4,7%

O preço médio do gás liquefeito de petróleo (GLP), praticado pela Petrobras junto às distribuidoras, foi reduzido a partir de hoje (13).

Segundo a estatal, o valor do quilo passa de R$ 4,23 para R$ 4,03. O reajuste representa uma queda de 4,7%.

É a segunda redução consecutiva no preço do GLP, popularmente conhecido como gás de cozinha. Antes, no entanto, os preços mantinham trajetória de alta. Em julho do ano passado, houve um aumento de 6%; em outubro de 7,2% e em março deste ano de 16,1%.

De acordo com a Petrobras, o preço médio de 13 kg, correspondente à capacidade do botijão de uso doméstico, sofrerá uma redução de R$ 2,60, ficando em R$ 52,34. Contudo, não é possível precisar o valor que será cobrado do consumidor, já que outros fatores exercem influência, tais como os tributos que incidem sobre o GLP e as margens de lucro das distribuidoras.

Além da redução no GLP, a estatal anunciou nas últimas semanas quedas na gasolina, no diesel, no querosene de aviação e na gasolina de aviação.

Os reajustes refletem as variações do mercado internacional, conforme a Política de Preços de Paridade de Importação (PPI) adotada pela Petrobras desde 2016.

Na semana passada, o preço do barril de petróleo tipo brent usado como referência, caiu abaixo de US$ 90 pela primeira vez desde fevereiro.

No primeiro semestre do ano, porém, o cenário internacional era outro. Com base no PPI, os combustíveis sofreram forte alta, gerando manifestações de insatisfação do presidente da República, Jair Bolsonaro.

Lembrando que, em maio, Bolsonaro trocou o comando da estatal pela quarta vez durante seu mandato. Caio Mário Paes de Andrade assumiu o lugar de José Mauro Ferreira Coelho.

Em nota, a Petrobras informa que a redução acompanha a evolução dos preços de referência e é coerente com a sua prática. A estatal sustenta que busca o equilíbrio com o mercado, sem repassar a volatilidade conjuntural das cotações e da taxa de câmbio.

“De forma a contribuir para a transparência de preços e melhor compreensão da sociedade, a Petrobras publica em seu site informações referente à formação e composição dos preços de combustíveis ao consumidor”, acrescenta o texto.

Consumidor

Conforme o último levantamento divulgado pela Petrobras, realizado entre 28 de agosto e 3 de setembro, o botijão de gás de 13 kg estava custando ao consumidor em média R$ 111,57. A estatal calcula ser responsável apenas por 49,2% desse valor.

Atualmente, o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Produtos (ICMS) , tributo estadual, responde por 10,6%. O restante do preço é de responsabilidade das distribuidoras, que leva em conta os gastos logísticos e a margem de lucro.

Essa composição do preço leva em conta a suspensão da incidência dos impostos federais sobre o GLP de uso doméstico.

Uma medida provisória que abrange essa possibilidade foi assinada em março do ano passado pelo atual presidente da república, sendo posteriormente aprovada no Congresso Federal.

Foram zeradas as alíquotas dos programas de Integração Social (PIS) e de Formação do Patrimônio do Servidor Público (Pasep) e da Contribuição para Financiamento da Seguridade Social (Cofins) .

Sem mudanças significativas na política de preços da Petrobras, a desoneração tem sido o caminho adotado pelo governo federal para baixar os preços não apenas do GLP, mas também da gasolina, do etanol, diesel e do Gás Natural Veicular (GNV).

Outra lei proposta pelo governo federal entrou em vigor no final de junho, limitando as alíquotas do ICMS que incidem sobre itens considerados essenciais.

A queda na arrecadação dos estados deverá ser compensada por meio do abatimento de valores da dívida pública que eles têm com a União. A medida, no entanto, gerou questionamentos dos estados e também de prefeituras, que recebem uma parcela do ICMS.

No cálculo da Confederação Nacional dos Municípios, (CNM), a perda apenas dos municípios é de quase R$ 20 bilhões. Além disso, divergências em torno do prazo para realização dessa compensação têm sido tratadas no âmbito judicial.

Fonte: Lívia Macario – Contábeis.

Mercado financeiro reduz projeção da inflação de 6,61% para 6,4%

Previsão para o PIB subiu de 2,26% para 2,39% em 2022

A previsão do mercado financeiro para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerada a inflação oficial do país, caiu de 6,61% para 6,4% neste ano. É a 13ª redução consecutiva da projeção. A estimativa está no Boletim Focus de hoje (12), pesquisa divulgada semanalmente pelo Banco Central (BC), com a expectativa de instituições para os principais indicadores econômicos.

Para 2023, a estimativa de inflação ficou em 5,17%. Para 2024 e 2025, as previsões são de inflação em 3,47% e 3%, respectivamente.

A previsão para 2022 está acima da meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC. A meta, definida pelo Conselho Monetário Nacional, é de 3,5% para este ano, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 2,25% e o superior 5,25%.

Em agosto, a inflação teve novo recuo, de 0,36%, após queda de 0,68% em julho. Com o resultado, o IPCA acumula alta de 4,39% no ano e 8,73% em 12 meses, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.

Taxa de juros

Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic, definida em 13,75% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom). A taxa está no maior nível desde janeiro de 2017, quando também estava em 13,75% ao ano.

Para o mercado financeiro, a expectativa é de que a Selic encerre o ano nesse patamar. Para o fim de 2023, a estimativa é de que a taxa básica caia para 11,25% ao ano. Já para 2024 e 2025, a previsão é de Selic em 8% ao ano e 7,5% ao ano, respectivamente.

Quando o Copom aumenta a taxa básica de juros, a finalidade é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Desse modo, taxas mais altas também podem dificultar a expansão da economia. Além da taxa Selic, os bancos consideram outros fatores na hora de definir os juros cobrados dos consumidores, como risco de inadimplência, lucro e despesas administrativas.

Quando o Copom reduz a Selic, a tendência é de que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle da inflação e estimulando a atividade econômica.

PIB e câmbio

As instituições financeiras consultadas pelo BC elevaram a projeção para o crescimento da economia brasileira neste ano de 2,26% para 2,39%. Para 2023, a expectativa para o Produto Interno Bruto (PIB) – a soma de todos os bens e serviços produzidos no país – é de crescimento de 0,5%. Em 2024 e 2025, o mercado financeiro projeta expansão do PIB em 1,8% e 2%, respectivamente.

A expectativa para a cotação do dólar manteve-se em R$ 5,20 para o final deste ano. Para o fim de 2023, a previsão é de que a moeda americana também fique nesse mesmo patamar.

Fonte: Andreia Verdélio – Agência Brasil.

Índice de Confiança das Pequenas Empresas tem alta de 2,7 pontos

É o melhor resultado desde novembro de 2013

O Índice de Confiança das Micro e Pequenas Empresas teve, em agosto, alta de 2,7 pontos. Assim, o indicador – elaborado numa parceria entre a Fundação Getulio Vargas (FGV) e o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) – atingiu 100,6 pontos, melhor marca desde novembro de 2013.

A melhora na confiança dos empresários em agosto foi puxada pela alta no comércio: 5,4 pontos. O setor de serviços teve elevação de 0,5 ponto no mês e a indústria da transformação registrou a segunda queda consecutiva: 1,4 ponto.

Expansão

A alta do comércio das micro e pequenas empresas foi maior que a do comércio em geral, que teve elevação de 4,3 pontos em agosto. O índice de confiança das empresas em geral cresceu 2,2 pontos no mês, ficando em 100,8 pontos.

Segundo o presidente do Sebrae, Carlos Melles, “a confiança das micro e pequenas empresas retornou para a trajetória de recuperação iniciada em fevereiro”. Na avaliação dele, o índice, ao superar a marca de 100 pontos, que indica a neutralidade, mostra uma perspectiva dos empresários de melhoria do cenário econômico.

“Ajudaram nesse resultado recursos disponibilizados pelo governo, a melhoria do mercado de trabalho e a desaceleração dos preços”, finalizou.

Fonte: Daniel Mello – Agência Brasil