Mercado de fusões e aquisições de empresas continua aquecido em 2022

Um volume crescente em transações de M&A deverá ser observado em operações junto a investidores estrangeiros

O mercado de fusões e aquisições (M&A, na sigla em inglês), teve resultados positivos nas transações em 2021, de acordo com a Mazars, consultoria empresarial. Segundo a empresa, isso acontece porque a estratégia de M&A cria uma plataforma de oportunidades que tem sido utilizada também para o processo de transformação e de restruturação frente ao novo mercado durante e após a crise pandêmica.

“Em termos de expectativa para 2022, considerando também as atuais variantes políticas (por ser um ano de eleição), econômicas e de mercado presentes, principalmente para o Middle Market, um volume crescente em transações de M&A deverá ser observado em operações junto a investidores estrangeiros − potencialmente mais relacionadas inclusive as privatizações e a operações de infraestrutura − e nacionais, e também com operações vinculadas a Carveout, processo pela qual uma empresa vende uma parcela geralmente menor de seus negócios”, afirma Ricardo Maciel, sócio de M&A e Reestruturação Financeira da Mazars.

Em relação aos desinvestimentos prováveis, segundo Maciel, eles são resultantes de decisões estratégicas ou de continuidade, em que diversas empresas nacionais buscam focar nas linhas de negócio onde possuem expertise ou decorrentes das restruturações necessárias para se adaptarem ao novo mercado, com transformações não somente nas questões financeiras, como capital de giro, administração do caixa, revisão dos custos, entre outros, mas também em reorganizações societárias e operacionais.

“Eu acredito que o cenário para fusões e transações apresentará desafios em que o foco na inovação, transformação digital, gerenciamento de pessoas e operações em ambientes híbridos e virtuais, será comumente abordado juntamente com a mitigação dos riscos econômicos, ambientais e sociais na obtenção de valor para acionistas a longo prazo”, revela Maciel.

Ricardo Maciel finaliza “O mercado de M&A está ativo e com tendências promissoras para os Fundos de Investimentos, Venture Capital e Fundos de Private Equity no Brasil, onde é esperado “records” de transações de Funding, venda e compra de empresas”.

Especializada em auditoria, BPO, consultoria, serviços tributários e financeiros, a Mazars é uma empresa internacionalmente integrada, operando em mais de 90 países ao redor do mundo. 

Fonte: Leonardo Grandchamp – Jornal Contábil

Dólar cai para R$ 5,10, mesmo com tensões na Ucrânia

Bolsa recua pela terceira vez seguida e chega a 111 mil pontos

O agravamento das tensões entre Rússia e Ucrânia não impediu o dólar de voltar a cair e atingir o menor valor desde o fim de julho do ano passado. A bolsa não teve o mesmo otimismo e recuou pela terceira vez seguida, pressionada pelo mercado externo.

O dólar comercial encerrou esta segunda-feira (21) vendido a R$ 5,107, com queda de R$ 0,027 (-0,64%). A cotação operou em alta na primeira hora de negociação, mas inverteu o movimento e chegou a cair para R$ 5,07 na mínima do dia, por volta das 13h.

Após a decisão da Rússia de reconhecer a independência das regiões separatistas ucranianas de Donetsk e Luhansk, a moeda voltou a ser vendida acima de R$ 5,10. No entanto, a entrada de fluxos externos impediu que a cotação subisse.

A divisa fechou no nível mais baixo desde 29 de julho do ano passado, quando era vendida a R$ 5,07. O dólar comercial acumula recuo de 3,75% em fevereiro e de 8,41% em 2022. Mesmo com as tensões internacionais, os juros altos no Brasil continuam a atrair capital estrangeiro. No início do mês, o Banco Central brasileiro elevou a taxa Selic (juros básicos da economia) para 10,75% ao ano, no maior nível desde julho de 2017.

A intensificação do conflito no leste europeu pesou mais no mercado de ações. O índice Ibovespa, da B3, fechou aos 111.725 pontos, com queda de 1,02%. Na semana passada, o indicador alcançou os 115 mil pontos, mas caiu pela terceira sessão consecutiva.

O que limitou a perda da bolsa foram as ações da Petrobras, que subiram por causa da alta do petróleo no mercado externo. Os papéis ordinários (com voto em assembleia de acionistas) tiveram alta de 2,7%. As ações preferenciais (com preferência na distribuição de dividendos) valorizaram-se 2,58%.

* Com informações da Reuters.

Fonte: Wellton Máximo – Repórter da Agência Brasil* – Brasília

Imposto de Renda começa dia 2 de março

Veja quem está obrigado a declarar

No próximo dia 2 de março se iniciará o prazo para entrega de declaração do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF) 2022. A data para início da obrigação foi oficializada na semana passada pela Receita Federal do Brasil.

Assim, para a declaração do Imposto de Renda deste ano temos:

  • Início das entregas a partir do dia 2 de março;
  • Fim das entregas às 23h59min do dia 30 de abril.

No ano passado, a Receita recebeu um total de 34,1 milhões de declarações, número 6,8% maior do que as 31,9 milhões entregues em 2020. Contudo, a Receita Federal informou que espera que este ano os números sejam ainda maiores que no ano passado.

Quem está obrigado a declarar

Conforme regra definida pela Receita Federal, estão obrigados a declarar o Imposto de Renda os cidadãos que tiveram rendimentos tributáveis acima dos R$ 28.559,70 em 2021.

Os rendimentos tributáveis são aqueles valores que são recebidos pelo contribuinte que podem sofrer com a incidência da cobrança do Imposto de Renda, ou seja, que entram no cálculo da declaração.

Confira alguns exemplos de rendimentos tributáveis

  • Salários, décimo terceiro e remunerações de estágio
  • Benefícios como férias, bônus e PLR (Participação nos Lucros e Resultados)
  • Comissões
  • Rendimentos de aplicações financeiras
  • Pensões e aposentadorias
  • Rendimentos de aluguéis
  • Atividades rurais, como pecuária e extração
  • Royalties, como direitos autorais
  • Rendimentos no exterior
  • Remunerações relacionadas a serviços prestados

No geral, estão obrigados a declarar o Imposto de Renda este ano os seguintes contribuintes:

  • Quem recebeu rendimentos tributáveis acima de R$ 28.559,70.
  • Contribuintes que receberam rendimentos isentos acima de R$ 40.000.
  • Aqueles que tiveram, em qualquer mês do ano a ser declarado, um ganho de capital na venda de bens ou realizaram operações na Bolsa de Valores.
  • Quem optou pela isenção de imposto na venda de um imóvel residencial para comprar outro dentro de 180 dias.
  • Aqueles que, até o último dia do ano a ser declarado, tinham posses somando mais de R$ 300 mil.
  • Pessoas que alcançaram a receita bruta acima de R$ 142.798,50 em atividades rurais.
  • Todos aqueles que passaram a morar no Brasil em qualquer mês do ano a ser declarado.
  • Quem recebeu auxílio emergencial para enfrentamento da pandemia, em qualquer valor, e teve também outros rendimentos tributáveis em valor anual superior a R$ 22.847,76.

Fonte: Ricardo Junior/ Jornal Contábil – 18/02/2022

Quase 4 milhões de novos negócios foram abertos em 2021

Levantamento do Sebrae mostra recorde de micro e pequenas empresas

A abertura de pequenos negócios no país bateu recorde no ano passado, mostra levantamento divulgado pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). Em 2021, mais de 3,9 milhões de empreendedores formalizaram micro e pequenas empresas ou se registraram como microempreendedores individuais (MEIs).

O número representa crescimento de 19,8% em relação a 2020, quando foram abertos 3,3 milhões de negócios. Em relação a 2018, a expansão chega a 53,9%. Naquele ano, foram criados 2,5 milhões de cadastros nacionais de pessoas jurídicas (CNPJ).

Segundo o Sebrae, ao mesmo tempo que a pandemia forçou muitas pessoas a irem para o empreendedorismo por necessidade, ela também estimulou a busca desse meio de vida por oportunidade. O órgão avalia que a tendência de crescimento continuará nos próximos anos.

Em 2020, o relatório Monitor do Empreendedorismo Global (Global Entrepreneurship Monitor, em inglês) estimou que 50 milhões de brasileiros que ainda não empreendiam tinham planos de abrir o próprio negócio nos próximos três anos. Desse total, um terço teria a pandemia como principal motivação, mas dois terços têm tendência “natural” para empreender. O relatório foi elaborado pelo Sebrae e pelo Instituto Brasileiro de Qualidade e Produtividade (IBPQ).

Microempreendedores

O Sebrae atribui o aumento da abertura de empresas à redução da burocracia, proporcionada pela Lei de Liberdade Econômica, de 2019, pela integração das juntas comerciais e por melhorias no registro eletrônico simplificado de novas empresas. O principal destaque foi a consolidação da figura jurídica do microempreendedor individual (MEI), que respondeu por 3,1 milhões de negócios abertos no ano passado, 80% do total. Em 2018 e 2019, a categoria representava 75% dos negócios criados.

Em 2021, foram abertas 682,7 mil microempresas (17,35% do total), com faturamento de até R$ 360 mil por ano, recorde da série histórica para o segmento. Foram criadas 121,9 mil empresas de pequeno porte (2,65% do total). A categoria inclui empresas que faturam de R$ 360 mil a R$ 4,8 milhões por ano.

A abertura de microempresas tem aumentado de forma consistente ao longo dos anos. De 540,6 mil em 2018, o número saltou para 579,3 mil em 2019 e 579,5 mil em 2020. Em relação às pequenas empresas, o total passou de 75 mil em 2018 para 94,3 mil em 2020.

Fonte: Agência Brasil – 16/02/2022

Monitor do PIB aponta crescimento de 4,7% em 2021, diz FGV

Os setores agropecuária, indústria e serviços cresceram no ano

O Monitor que sinaliza o Produto Interno Bruto (PIB, soma de todos os bens e serviços produzidos no país) cresceu 4,7% em 2021. Pela ótica da produção, todos os três grandes setores de atividade (agropecuária, indústria e serviços) cresceram no ano, com taxas, respectivamente, 0,6%, 4,4% e 4,7%. Os dados foram divulgados hoje (15) pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV).

Segundo o coordenador do Monitor do PIB-FGV, Claudio Considera, a economia brasileira em 2021 compensou a queda de 2020 crescendo 4,7%, graças, principalmente, ao crescimento do setor de serviços em virtude da vacinação contra a covid-19. Todos os componentes, tanto da oferta como da demanda apresentaram crescimento.

De acordo com o economista, pelo lado da oferta os destaques foram construção, transportes, serviço de informação e outros serviços. Pelo lado da demanda, o destaque foi a formação bruta de capital fixo, com seus três elementos crescendo fortemente, destacando-se máquinas e equipamentos.

Segundo o pesquisador, o consumo das famílias, componente com maior participação na demanda, apresentou crescimento de 3,4% com destaque para o consumo de bens semiduráveis. A indústria apresentou crescimento de 4,4% em 2021, enquanto no ano anterior a queda foi 3,4%. Os principais responsáveis por esse crescimento foram os componentes da construção e transformação que cresceram, respectivamente, 9,0% e 4,6% em 2021.

“A despeito do crescimento deste ano, o PIB é inferior ao registrado em 2013. Por sua vez, o PIB per capita de 2021 com valor de R$ 40.712,42 é inferior ao valor de R$ 41.069,01, anterior a pandemia (2019), e inferior ainda ao valor de 2010, de R$ 42.348,22 ”, disse em nota, Claudio Considera.

Na análise trimestral, o PIB apresentou, na série com ajuste sazonal, crescimento de 0,7% no quarto trimestre, em comparação ao terceiro trimestre. Em relação ao quarto trimestre de 2020, o PIB apresentou crescimento de 1,9%.

Fonte: Publicado em 15/02/2022 – 12:23 Por Ana Cristina Campos – Repórter da Agência Brasil – Rio de Janeiro

Mercado financeiro aumenta projeção de inflação para 5,50% em 2022

É a quinta vez que o mercado aumenta a estimativa

Imposto de Renda

O mercado financeiro aumentou mais uma vez a previsão de inflação para este ano. Segundo projeção do Boletim Focus, divulgado hoje (14) pelo Banco Central, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) – a inflação oficial do país – deve fechar 2022 em 5,50%. É a quinta vez que o mercado projeta alta da inflação neste ano. Há uma semana, a projeção do mercado era que a inflação terminasse o ano em 5,44%. Há quatro semanas, a previsão era de 5,09%.

Para 2023, o mercado manteve a expectativa da semana passada em relação à evolução do IPCA. A projeção aponta para uma inflação de 3,50% para o próximo ano. Há quatro semanas, a projeção era de inflação de 3,40%. Para 2024, o mercado também elevou a projeção de inflação para 3,04% ante os 3% projetados na semana passada.

PIB

O boletim, divulgado semanalmente, reúne a projeção do mercado para os principais indicadores econômicos do país. Na projeção desta semana, o Focus manteve previsão do Produto Interno Bruto (PIB) – a soma de todas as riquezas produzidas no país – registrada há sete dias. A projeção é de 0,30% em 2022. Há quatro semanas, o mercado previa um crescimento da economia brasileira de 0,29%.

O Focus registra ainda, pela quarta semana, uma diminuição na expectativa de crescimento do PIB para 2023, passando de 1,53% na semana passada para 1,50%. Para 2024, a projeção se manteve estável, ficando em 2%.

Taxa de juros e câmbio

O mercado também elevou a previsão do mercado para a taxa básica de juros, a Selic, para 2022. Na projeção divulgada nesta segunda-feira, o mercado projetou a Selic em 12,25% ao ano, ante os 11,75% ao ano projetados na semana passada.

No início do mês, o Comitê de Política Monetária (Copom) aumentou a taxa de juros de 9,25% para 10,75% ao ano. Em comunicado, indicou que continuará a elevar os juros básicos até que a inflação esteja controlada no médio prazo.

Para o fim de 2023, a estimativa do mercado é que a taxa básica caia para 8% ao ano. E para 2024, a previsão é de Selic em 7,25% ao ano, ante os 7% da projeção da semana anterior.

A expectativa do mercado para a cotação do dólar em 2022 caiu, ficando em R$ 5,58, ante os R$ 5,60 projetado na semana passada. Para o próximo ano, a previsão do mercado também diminuiu, passando de R$ 5,50 para R$ 5,45.

Para 2024, após um período de estabilidade, a estimativa para a cotação da moeda americana diminuiu ligeiramente pela segunda semana seguida, passando dos R$ 5,39 projetados na semana passada, para R$ 5,32.

Fonte: Agência Brasil – 14/03/2022

Receita Federal prorroga prazo de entrega da DIRF, DMED, DIMOB e e-Financeira para dia 28

O prazo original da Receita previa que as declarações deveriam ser entregues até o dia 25 de fevereiro.

A Receita Federal decidiu prorrogar o prazo para entrega da Declaração do Imposto sobre a Renda Retido na Fonte (DIRF) , da Declaração de Serviços Médicos e de Saúde (DMED), da Declaração de Informações sobre Atividades Imobiliárias (DIMOB) e e-Financeira, para o dia 28 de fevereiro deste ano.

Originalmente, o Fisco havia fixado o prazo final de entrega dessas declarações para o dia 25 de fevereiro. Isso porque, o dia 28 é considerado feriado bancário e, por isso, não é possível o pagamento de impostos.

Contudo, a Receita considera as declarações de caráter informativo, sem geração de imposto a pagar e concluiu que pode-se definir o dia 28 como o prazo final para entrega.

Mas o Fisco federal alerta que, em razão do feriado bancário, o prazo para o pagamento de tributos que tenham como vencimento o último dia útil de fevereiro segue sendo o dia 25 de fevereiro. 

Pagamentos realizados após esta data estarão sujeitos à cobrança de multa e acréscimos legais.

Fonte: Contabeis – 11/02/2022

‘Dinheiro esquecido’ nos bancos: veja se você pode retirar

Os nascidos em fevereiro terão até o dia 29 de abril de 2022 para sacar o dinheiro

Você pode pensar: “como alguém pode esquecer dinheiro no banco?” Por mais incrível que pareça, segundo o Banco Central, os brasileiros esqueceram mais de R$ 50 bilhões em contas inativas no Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), cotas do PIS/Pasep e contas bancárias. Vão poder retirar esse dinheiro, os clientes de bancos e no caso de falecimento, os herdeiros.

Muitos trabalhadores deixaram de sacar o dinheiro das cotas do PIS/Pasep. Quem trabalhou com carteira assinada entre os anos de 1974 a 1988 e não retirou os valores, vão poder agora ter acesso a esse dinheiro.

Segundo informações, 10,6 milhões de pessoas ‘esqueceram’ nos bancos cerca de R$ 23,5 bilhões. Os herdeiros dessas pessoas, viúvas e descendentes podem sacar os valores que estão disponíveis.

FGTS

Segundo a Caixa Econômica Federal, quase 90 mil contas inativas do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço), possuem dinheiro que não foram sacados, são quase R$ 18,910 bilhões.

O FGTS pode ser sacado pelo trabalhador com carteira assinada, os rurais e safreiros (que trabalham no período de colheita), intermitentes, temporários, avulsos, domésticos e atletas profissionais.

Contas bancárias ‘esquecidas’

A pessoa que possui conta bancária  e que por algum motivo ‘esqueceu’ o dinheiro, vai poder retirar o valor. Segundo os bancos existem valores parados em contas físicas e jurídicas fechadas ou que ainda estão ativas, mas sem movimentação.

Muitos casos, são restituição de cobranças indevidas, investimentos não procurados, entre outras situações. Estão à disposição dos correntistas  que ‘esqueceram’ dinheiro em suas contas, R$ 8 bilhões.

Como consultar?

Nesta segunda-feira (7), o Banco Central anunciou a criação de um novo site para o Sistema de Valores a Receber (SRV), que vai permitir que as pessoas e as empresas consultem “quantias esquecidas” em contas nos bancos ou em outras instituições financeiras.

O BC também afirmou que o novo site vai estar funcionando a partir da próxima segunda-feira, 14 de fevereiro.

Se confirmar que tem valores a resgatar, receberá uma data para reconhecer a quantia desses valores e poder solicitar a transferência a partir de 7 de março deste ano.

Para você consultar, será necessário ter uma conta no site do governo e informar seu CPF ou CNPJ.

Veja o passo a passo

Ter uma conta no login no Gov.br é necessário para solicitar os recursos financeiros, segundo o BC.

O cadastro é gratuito, acesse o site pelo link gov.br ou pelos aplicativos da plataforma, que podem ser baixados (Google Play para celulares Android – Apple Store, para iPhone). A conta gov.br tem três níveis de segurança e acesso: bronze, prata e ouro.

Depois que você instalar o app ou entrar no site, deverá prestar atenção nas etapas que terá que passar (reconhecimento facial, disponibilização do CPF, criar uma senha).

Para que possa retirar o valor ‘esquecido’, deverá ter uma conta nível prata ou ouro, que oferecem mais segurança digital.

A consulta não poderá ser mais realizada pelo site do Banco Central, somente agora pelo novo endereço valoresareceber.bcb.gov.br

Fonte: Jornal Contábil – 09/02/2022

Auxílio Brasil: programa injetará mais de R$ 90 bilhões na economia neste ano

O impacto do Auxílio Brasil deverá ser sentido em diversos setores da economia.

O Auxílio Brasil, programa que substituiu o Bolsa Família em 2021, deve injetar mais de R$90 bilhões na economia de varejo neste ano.

As informações são do Ministro da Cidadania, João Roma, que divulgou a novidade no programa a Voz do Brasil na noite desta segunda-feira (7).

De acordo com Roma, o governo também continuará com o aditivo do auxílio emergencial a homens chefes de família, liberado no final do ano passado, que originalmente era previsto apenas para mulheres.

O acerto será feito pela Caixa Econômica e segundo o ministro, serão vários programas que pretendem ir além da proteção social, mas buscar também a transformação social das famílias do país. “Estamos conseguindo fortalecer com o programa permanente de transferência de renda, que é o Auxílio Brasil, mais de 17 milhões de famílias necessitadas em todo o Brasil”, declarou o ministro.

A Tarifa Social da Energia Elétrica também é uma concessão vinculada ao cadastro do Auxílio Brasil, realizado pelo CadÚnico, que oferece desconto automático na conta de luz e que, segundo o ministro, já beneficia 24 milhões de famílias no país.

Esse benefício é aplicado aos cadastros qualificados do CadÚnico, não sendo necessário realizar uma solicitação, o sistema seleciona automaticamente e aplica o desconto. Por isso é fundamental deixar o cadastro em dia.

Copom eleva Selic para 10,75% ao ano em primeira reunião de 2022; entenda

BC direciona esforços para trazer a inflação para dentro das metas de 2022 e 2023 ao aumentar a taxa básica de juros.

O  Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) se reuniu pela primeira vez no ano nesta quarta-feira (2) e anunciou uma alta de 1,5 ponto percentual na taxa básica de juros.

Desta forma, a Selic passa de 9,25% ao ano (a.a.) para 10,75% a.a.. É o oitavo avanço consecutivo da Selic, depois de ter permanecido no menor patamar histórico de 2% a.a. entre agosto de 2020 e março de 2021.

 É a primeira vez desde maio de 2017, ou seja, após quase cinco anos, que o Brasil volta a ter juro básico de dois dígitos.

O Comitê destacou, por meio de nota, que uma possível reversão do aumento nos preços das commodities internacionais em moeda local poderia contribuir para que a trajetória de inflação recuasse. 

Ainda assim, algumas políticas fiscais podem impactar negativamente preços de ativos importantes e elevar os prêmios de risco do país.

“Apesar do desempenho mais positivo das contas públicas, o Comitê avalia que a incerteza em relação ao arcabouço fiscal segue mantendo elevado o risco de desancoragem das expectativas de inflação e, portanto, a assimetria altista no balanço de riscos. Isso implica maior probabilidade de trajetórias para inflação acima do projetado de acordo com o cenário de referência”, diz o Copom.

Inflação

Ao aumentar a Selic, o Banco Central direciona esforços para trazer a inflação para dentro das metas de 2022 e 2023, que são de 3,5% e de 3,25% ao ano, respectivamente, com tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. 

Uma taxa de juros mais alta, no entanto, pode retardar a recuperação da atividade econômica.

A Selic é a principal ferramenta do Banco Central para conter a inflação, que no ano passado ficou em 10,06%, estourando o limite máximo da meta definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). 

Este ano, a previsão é de que a inflação fique acima do teto da meta, que é de 5%, com o mercado projetando 5,15% de alta para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deste ano.

A última edição do Boletim Focus mostrou expectativa do mercado financeiro de que a Selic suba, pelo menos, mais 1 ponto percentual e alcance os 11,75% ao ano até o fim de 2022. Analistas mais pessimistas, no entanto, já preveem que a taxa feche o ano em 12,25%.

Redução do ritmo de alta

Para as próximas reuniões, o Copom sinalizou continuar com a estratégia de elevar a Selic para conter a inflação. No entanto, o movimento deve perder ritmo e acontecer em menor com altas menores.

“Em relação aos seus próximos passos, o Comitê antevê como mais adequada, neste momento, a redução do ritmo de ajuste da taxa básica de juros”, sinaliza.

O BC ressalta ainda que os próximos passos da política monetária poderão ser ajustados para assegurar a convergência da inflação para suas metas, e dependerão da evolução da atividade econômica, do balanço de riscos e das projeções e expectativas de inflação para o horizonte relevante da política monetária.

Ainda assim, o Copom reforçou que, diante do aumento de suas projeções e do risco de desancoragem das expectativas de inflação, o BC vai perseverar na estratégia (de alta dos juros) “até que se consolide não apenas o processo de desinflação como também a ancoragem das expectativas em torno de suas metas”.

As decisões do Comitê levam cerca de 6 a 9 meses para afetarem diretamente o desempenho da atividade econômica. Assim, as próximas mudanças na Selic podem afetar o cenário econômico próximo às eleições deste ano.

Fonte: Contábeis – 03/02/2022