Governo eleva projeção do PIB e reduz expectativa para inflação em 2022
Confira a expectativa do Ministério da Economia para a inflação deste ano e as projeções para 2023.
O Ministério da Economia anunciou, nesta quinta-feira (14), suas revisões das projeções de estatísticas macroeconômicas. Entre as atualizações, está o crescimento de 2% do Produto Interno Bruto (PIB) deste ano, ao invés de 1,5% projetado anteriormente.
Com essa nova expectativa, o PIB volta ao patamar esperado para a atividade econômica deste ano, conforme previsto no fim de 2021.
O novo valor é ainda melhor do que a expectativa do mercado financeiro, que segundo o Boletim Focus, previa alta de 1,59%
As revisões do Ministério ainda esperam que a inflação, avaliada pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), encerre o ano em 7,2%, um pouco menor do que a projeção anterior, que estimava 7,9%. Este número também se mostra mais otimista que do mercado, que espera 7,67% ao término de 2022.
Essa é a primeira ocasião em que a pasta afirma a expectativa de redução da inflação, depois de consecutivos aumentos.
Aproveitando a oportunidade, também foram divulgadas as previsões para o próximo ano. A expectativa do PIB não houve alterações, sendo mantido em 2,5%. Já o IPCA subiu para 4,5%, contra 3,6% esperados anteriormente.
Auxílio Brasil de R$ 600 e vale gás começam estão previstos para serem pagos a partir de agosto; confira
Valores serão elevados somente até o fim deste ano.
A ampliação temporária dos benefícios sociais pode chegar em datas diferentes para cada beneficiário.O aumento se tornou possível apesar dos impedimentos da legislação eleitoral e das regras fiscais porque o governo articulou uma PEC dos Benefícios no Congresso para permitir a expansão dos pagamentos, diante de um cenário em que o presidente Jair Bolsonaro persiste em segundo lugar nas pesquisas de intenção de voto para a Presidência.
Se por um lado a operacionalização das parcelas adicionais do Auxílio Brasil e do Auxílio Gás é considerada tarefa simples, por outro o pagamento das ajudas a caminhoneiros e taxistas é tido como mais complexo.
Além disso, técnicos do governo alertam que a fatura de R$ 41,25 bilhões a ser executada fora do teto de gastos para bancar as despesas contempla apenas uma parte dos custos operacionais.
O valor que precisará ser bancado com recursos ordinários do Orçamento ainda é incerto.
A previsão do governo é que o adicional de R$ 200 no Auxílio Brasil comece a ser pago no mês de agosto, a menos de dois meses da eleição. Os saques serão feitos entre os dias 18 e 31, conforme o número final do Número de Identificação Social (NIS).
A intenção é que, com o benefício extra, 18,15 milhões de famílias já contempladas pelo programa recebam pelo menos R$ 600 mensais até o fim de 2022.
O governo também promete zerar a fila de espera, incluindo as famílias cadastradas e elegíveis ao benefício na data de promulgação da PEC que auxilia Bolsonaro.
A previsão do governo é incluir pouco mais de 2 milhões de famílias entre beneficiários do programa, mas o número final vai depender de quantas estarão efetivamente habilitadas no prazo previsto.
A proposta também prevê o pagamento em dobro do Auxílio Gás a partir de 1º de julho, mas, como o benefício é bimestral, o próximo repasse está previsto para agosto. Relatos feitos à Folha indicam que não há previsão no Ministério da Cidadania de antecipar esse calendário.
Em junho, 5,7 milhões de famílias de baixa renda receberam R$ 53, o equivalente a 50% do preço médio de um botijão de gás no país. Entre agosto e dezembro, o valor passará a R$ 120. As datas de pagamento seguem o mesmo calendário do Auxílio Brasil.
Os custos operacionais para pagar os valores extras dos dois auxílios já estão embutidos na verba reservada para as medidas. O mesmo não ocorre com o auxílio a caminhoneiros e taxistas, cuja implementação é considerada um pouco mais complexa.
No caso do vale de R$ 1.000 para os caminhoneiros, uma lista de beneficiários está sendo preparada pelo Ministério da Infraestrutura, com base no cadastro de transportadores autônomos da ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres).
Esse cadastro tem caminhoneiros autônomos, mas também donos de furgões e outros veículos de menor porte. O maior desafio é identificar quem está efetivamente em atividade.
A lista será repassada ao Ministério do Trabalho e Previdência, que já tem expertise para rodar uma folha de pagamento desse porte com agilidade. Técnicos acreditam ser viável fazer o pagamento ainda no mês de julho, caso a PEC que auxilia Bolsonaro às vésperas das eleições seja promulgada nesta semana.
A pasta tem experiência com outros benefícios e executou, por exemplo, o Benefício Emergencial (BEm)pago pelo Tesouro Nacional durante a pandemia a trabalhadores que tiveram jornada e salário reduzidos.
Além disso, o texto da PEC que ajuda Bolsonaro foi elaborado de forma que os dispositivos sejam autoaplicáveis, ou seja, passíveis de implementação sem necessidade de uma Medida Provisória detalhando as regras de pagamento.
A estratégia evita que Bolsonaro precise deixar sua digital nas medidas, promulgadas diretamente pelo Congresso. Apesar disso, o chefe do Executivo precisará publicar uma MP abrindo o crédito extraordinário para liberar os recursos.
A maior incógnita é como tirar do papel o auxílio para taxistas, inserido de última hora na votação no Senado Federal e para o qual estão reservados R$ 2 bilhões.
Os registros de concessões e permissões de táxi são feitos em âmbito municipal, mas é possível checar os dados por meio da base da Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran). No entanto, o dono da placa não necessariamente é o taxista, público-alvo da medida.
Para filtrar os beneficiários, seria necessário cruzar as informações da Senatran com outras bases de dados que contenham o CPF dos indivíduos. Cada consulta é cobrada pelo Serpro, empresa do próprio governo que faz esse tipo de serviço.
Além da ausência de recursos para bancar essa operação, a capacidade de consolidação desse cadastro ainda é dúvida entre os técnicos, que apostam no “empoçamento” dos recursos do auxílio táxi —ou seja, mesmo liberada, a verba pode acabar sem uso.
A PEC ainda prevê um repasse de R$ 3,8 bilhões aos estados que concederem créditos tributários a produtores e distribuidores de etanol, o que na prática reduz o imposto pago por esses contribuintes.
Outra medida é uma transferência de R$ 2,5 bilhões a municípios para ajudar a bancar a gratuidade de idosos no transporte público urbano, evitando aumentos mais salgados nas tarifas.
A proposta ainda prevê um adicional de R$ 500 milhões no orçamento do programa Alimenta Brasil, que financia a aquisição de alimentos de agricultores familiares para doação.
Quando começam os pagamentos?
AUXÍLIO BRASIL
Um adicional de R$ 200 começará a ser pago na folha de agosto, cujo pagamento será feito entre os dias 18 e 31, conforme o número final do NIS do beneficiário.
A PEC também autoriza a inclusão de novas famílias beneficiárias. Previsão do governo é contemplar pouco mais de 2 milhões, além das 18,15 milhões que já recebem o benefício.
AUXÍLIO GÁS
Benefício será pago em dobro com vigência entre julho e dezembro, no valor de R$ 120. Como o pagamento é bimestral, próximo repasse às famílias será feito em agosto
AUXÍLIO A CAMINHONEIROS
No valor de R$ 1.000, benefício depende dos ministérios da Infraestrutura e do Trabalho e Previdência para ser operacionalizado. Previsão é que pagamento seja feito até fim de julho
AUXÍLIO A TAXISTAS
É considerado o mais difícil de ser operacionalizado, pois requer cruzamento de dados de diferentes bases. Ainda não há previsão de operacionalização.
Aneel aprova revisão tarifária que reduz tarifas de 10 distribuidoras
Novos valores entram em vigor a partir de amanhã
A Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) aprovou, nesta terça-feira (12), as Revisões Tarifárias Extraordinárias (RTEs) de dez distribuidoras que já passaram por processo tarifário em 2022, levando à redução dos índices que já tinham sido homologados. As novas tarifas entram em vigor a partir de amanhã (13).
De acordo com a ANEEL, as revisões ocorreram em decorrência da aplicação da Lei nº 14.385/2022, para considerar a devolução de valores advindos de ações judiciais transitadas em julgado que estabeleceram a exclusão do ICMS da base de cálculo do PIS/Cofins cobrado na conta de energia.
Considerando a decisão de hoje e as devoluções já ocorridas nos processos de 2022, o efeito médio sobre as tarifas vigentes a ser percebido pelos consumidores residenciais varia de 0,5% a 5,34% de redução, dependendo da distribuidora.
A agência informou que foram adiadas as deliberações dos processos tarifários das distribuidoras Energisa Mato Grosso do Sul (EMS), Energisa Mato Grosso (EMT), cujos créditos ainda não foram habilitados pela receita federal, além da Equatorial Alagoas e da Light, por causa de liminares judiciais.
Em relação aos processos tarifários de distribuidoras que ainda não ocorreram em 2022, o colegiado da Aneel fará os cálculos do impacto da devolução no momento do reajuste e da revisão de cada empresa.
Casa Verde e Amarela: novas faixas de renda poderão aderir ao programa
Entenda como ficam as faixas de renda com a alteração aprovada pelo Conselho Curador do FGTS.
O Conselho Curador do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) aprovou nesta quinta-feira (7) uma nova medida que aumenta a faixa de renda familiar dos candidatos ao programa habitacional Casa Verde e Amarela.
Essa medida espera destravar o programa, que foi impactado pela alta dos custos e queda das rendas familiares e receber novos brasileiros, que podem agora conquistar a casa própria.
Os limites de renda bruta foram atualizados: a subfaixa 1, de renda entre 2.400 e 2.600 reais, foi ampliada para 3 mil reais. O grupo intermediário também mudou, passando de 2.600 para 4 mil reais e para 3 mil a 4.400 reais mensais.
O grupo de maior faixa teve elevação e passou de 4 mil a 7 mil reais, e de 4.400 para 8 mil reais. Apenas a faixa mais baixa de até 2.400 não sofreu alterações.
As novas medidas já devem ser implementadas até o próximo dia 18.
Ao término da reunião, as ações da construtora tiveram forte alta, a MRV subiu 6,42%, Tenda saltou 11,69%, Plano&Plano valorizou-se 6,37% e Direcional ganhou 4,43%.
O Conselho Curador também autorizou reduções de juros no Pró-Cotista, programa destinado a quem não tem acesso ao programa Casa Verde e Amarela. As taxas para imóveis avaliados em até R$ 350 mil cairão de 8,66% para 7,66% ao ano. Os juros para unidades acima desse valor cairão de 8,66% para 8,16% ao ano.
Solicitações de crédito crescem 11,2% em maio, principalmente entre quem recebe de R$5 mil a R$10 mil
A maioria dos pedidos de crédito vieram dos estados do Norte.
A busca por obtenção de crédito cresceu entre os brasileiros no mês de maio deste ano, com uma elevação média de 11,2% em comparação ao mesmo período do ano passado.
O aumento foi medido pelo Indicador de Demanda do Consumidor por Crédito, da Serasa Experian, revelando que a maioria dos empréstimos foram solicitados por pessoas que recebem salários entre R$5 e R$10 mil por mês.
O avanço nesta faixa de renda foi ainda maior, de 13%, acima da média nacional. Segundo a série histórica, este não é o maior aumento já registrado, mas ainda é alto.
A região que mais solicitou pedidos de crédito foi o Norte e, do total, sete estados da região são responsáveis por 17,8% das solicitações no período avaliado.
Um dos fatores que pode explicar o aumento da necessidade por crédito no Norte é o nível de desemprego, que segundo a última divulgação da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), a região ocupou o segundo lugar entre os maiores índices de desemprego, perdendo apenas para Nordeste.
O economista da Serasa Experian, Luiz Rabi, explica que o desemprego impacta nas solicitações de crédito, mas outros fatores também impactam, como o fato de ter a menor renda per capita do país. Com a inflação em alta e o desemprego atuando, a população acaba sendo muito afetada.
Rabi ainda afirma que com uma renda reduzida, será necessário mais crédito para complementar o orçamento mensal, podendo causar o endividamento da população.
O economista explica também sobre como as linhas de crédito estão sendo aplicadas. “Os consumidores, mesmo com a alta da taxa de juros, continuam atuando com o modelo de consumo por necessidade e utilizando o crédito para honrar compromissos financeiros”, explica.
“Além de complementar o pagamento de itens e serviços prioritários que não puderam ser pagos com o orçamento mensal habitual”, finaliza.
O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro deverá atingir crescimento de 1,8% este ano, chegando a 1,3% de crescimento em 2023. A estimativa é do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), que divulgou, nesta quinta-feira (30), a Visão Geral da Conjuntura, análise trimestral da economia brasileira.
Segundo o instituto, o destaque será para o setor de serviços, com estimativa de alta de 2,8%, enquanto os setores de agropecuária e industrial devem mostrar relativa estabilidade. Do lado da demanda, a projeção de crescimento do consumo das famílias ficou em 1,6% para este ano.
Depois da alta de 1% do PIB registrada no primeiro trimestre de 2022, a maioria dos setores produtivos apresentou desempenho positivo também em abril. As previsões do Ipea mostram que, em maio, o nível de atividade deve avançar na comparação com o mês anterior e com ajuste sazonal: 1,2% na indústria, 0,6% no comércio e 0,3% nos serviços.
A evolução dos indicadores de atividade está em linha com o desempenho do mercado de trabalho. Dados recentes mostram que o ritmo de recuperação se intensificou ao longo dos últimos três meses, combinando forte expansão da população ocupada e redução significativa da taxa de desocupação, mesmo com o aumento da taxa de participação. Esse conjunto de indicadores sugere boas perspectivas para o PIB no segundo trimestre de 2022, com projeção de crescimento de 0,6% no período, em termos dessazonalizados, em relação ao trimestre anterior, e de 2,3% sobre o mesmo trimestre do ano passado.
Desaceleração
Ainda de acordo com o Ipea, para o segundo semestre deste ano há expectativa de desaceleração da atividade econômica, em função de fatores externos e internos. Os aspectos externos apontam para menor crescimento e maior incerteza, dada a elevação das taxas observadas e esperadas de inflação na maioria dos países, e a persistência da guerra entre Rússia e Ucrânia – que deve prolongar os atuais problemas nas cadeias produtivas.
Do ponto de vista dos fatores internos, a persistência de taxas de inflação elevadas, além de inibir o consumo por meio da redução da renda real das famílias, tem levado ao aperto da política monetária no país, cujos efeitos atingem o mercado de crédito e tendem a se intensificar nos próximos meses.
Crescimento em 2023
Para o próximo ano, a projeção de crescimento do PIB é de 1,3%. Em termos de atividade econômica, 2023 deve ser tímido, no início, mas caracterizado por aceleração ao longo do ano. O cenário tem como base duas hipóteses. Primeiro, com o fim da guerra na Ucrânia, a atenuação dos problemas pelo lado da oferta reduzirá grande parte da pressão inflacionária do exterior, possibilitando que a política monetária possa cumprir seu papel de reduzir gradualmente a inflação sem a necessidade de uma queda mais profunda dos níveis de atividade.
Além disso, no início do ano que vem, parcela importante do impacto adverso do aperto monetário interno sobre a atividade econômica já terá ocorrido. Há expectativa de crescimento para todos os setores da economia no próximo ano: agropecuária (2,5%), indústria (1%) e serviços (1,4%). Do lado da demanda, os destaques são o consumo das famílias e a Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), com altas de 1% e 3%, respectivamente.
Sancionada lei que devolve PIS/Cofins cobrado na conta de luz
Consumidores terão aumento menor nas tarifas de energia
Os consumidores de energia elétrica terão aumentos menores nas contas de luz. O presidente Jair Bolsonaro sancionou, sem vetos, a Lei 14.385, publicada hoje (28) no Diário Oficial da União.
Aprovado pela Câmara dos Deputados no início do mês, o texto estabelece a devolução do Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), imposto estadual, incluído na base de cálculo do Programa de Integração Social (PIS) e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins), tributos federais.
A lei alterou as normas da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para agilizar a devolução dos valores cobrados a mais no PIS/Cofins. A devolução será feita por meio de aumentos menores nas tarifas de energia.
Em 2017, o Supremo Tribunal Federal (STF) determinou a exclusão do ICMS do preço que serve como base de cálculo do PIS/Cofins. A corte entendeu que havia dupla tributação (cobrança de um mesmo imposto duas vezes). Em 2021, o STF definiu o alcance da medida, que reveria ser retroativa a 15 de março de 2017.
Segundo a Câmara dos Deputados e o Senado, a União deveria devolver R$ 60,3 bilhões em créditos de PIS/Cofins às distribuidoras. Desse total, R$ 12,7 bilhões já foram devolvidos pela Aneel em revisões tarifárias desde 2020, que teriam impedido as contas de luz de aumentarem, em média, 5% desde então. Ainda há R$ 47,6 bilhões a serem ressarcidos aos consumidores.
Revisão extraordinária
Em nota, a Aneel informou que, desde 2020, tem devolvido os valores relativos à exclusão do ICMS da base de cálculo do PIS/Cofins. O órgão informou que fará uma revisão extraordinária das tarifas para as companhias que tiveram o reajuste aprovado sem a restituição do imposto. As demais distribuidoras serão atendidas conforme o calendário de revisões tarifárias de 2022.
“Ressaltamos que a Aneel já vem realizando esse procedimento desde 2020. Para as distribuidoras que já passaram por processo tarifário em 2022, a Aneel aprovará uma revisão tarifária extraordinária, nos termos da referida lei. Já para as distribuidoras que ainda terão seus processos nos próximos meses, o ajuste será realizado nos processos tarifários ordinários conforme calendário divulgado no site da agência”, destacou o comunicado.
Segundo a Aneel, o reajuste médio de 12,04% para os clientes da Enel, que atende 7,6 milhões de unidades consumidoras no estado de São Paulo, já inclui a devolução dos créditos de PIS/Cofins. O órgão informou que 8,7% da composição do índice médio de reajuste, aprovado hoje pela agência reguladora, está relacionado à devolução dos tributos.
Copom inicia quarta reunião do ano e Selic deve ser reajustada para 13,25%
Aumento de apenas 0,5 ponto percentual poderia indicar o fim do ciclo de alta da Taxa Selic.
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) começa, nesta terça-feira (14), a quarta reunião de 2022 para definir o novo patamar da Taxa Selic, taxa básica de juros do país.
O comitê faz as reuniões a cada 45 dias e no primeiro dia são feitas apresentações sobre a economia interna e externa, perspectivas do setor, possíveis impactos e avaliam o comportamento do mercado financeiro.
Ao fim do segundo dia de encontro, os membros anunciam a nova taxa, que será vigente pelos próximos 45 dias.
Economistas e especialistas esperam que o Copom finalize o ciclo de aumentos dos juros nesta ocasião, apesar da pressão sobre a inflação. A expectativa é que a Selic seja reajustada de 12,75% ao ano para 13,25%, um aumento de 0,5 ponto percentual que poderia vigorar até o fim do ano.
A taxa Selic é o principal instrumento econômico para conter a inflação, que deve alcançar 9% este ano segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
Este número ultrapassaria significativamente a meta da inflação para 2022 que deve ser perseguida pelo BC, que foi definida em 3,5%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo, ou seja, o maior valor que poderia ser atingido é 5%.
A estimativa dos especialistas do mercado é que o teto da inflação será estourado pelo segundo ano seguido.
Fim do aperto monetário
A taxa Selic entrou em um ciclo de alta em março de 2021, quando foi elevada de 2 para 2,75% e desde então foram registrados aumentos consecutivos que resultaram em uma elevação de 10,75 pontos percentuais até agora.
O fim dos aumentos é esperado devido a ata da última reunião do Copom, quando os membros sinalizaram que gostariam de concluir o ciclo de alta já que as elevações dos últimos meses ainda estão sendo sentidas pelo mercado.
Micro e pequenas empresas devem ganhar R$ 90 bilhões em crédito neste ano
Os créditos serão via Pronampe, Peac e PEC, segundo anúncio do governo.
Nesta segunda-feira (6), o governo federal divulgou o Boletim do Mapa de Empresas e anunciou que prevê R$ 90 bilhões em crédito a pequenas e micro empresas em 2022.
Durante a apresentação dos dados referentes ao 1º quadrimestre do ano, o secretário de Desenvolvimento da Infraestrutura da Secretaria Especial de Produtividade e Competitividade (Sepec), Alexandre Ywata, explicou que estão fechando os níveis de garantia e, dependendo do parâmetro usado, o valor pode ficar entre R$ 80 e R$ 90 bilhões.
Os créditos serão via Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe) e Programa Emergencial de Acesso ao Crédito (Peac), disse Ywata, além do Programa de Estímulo ao Crédito (PEC),que também será incluso.
As PMEs respondem por 27% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, segundo o ministério. A nova edição dos programas trará a inclusão do Micro Empreendedor Individual (MEI) .
“O fato de termos um grande número de MEI é resultado do sucesso de uma política pública de formalização de atividades que eram feitas na informalidade”, destaca o secretário.
Outros motivos pelo aumento na abertura de empresas foram “as políticas públicas de desburocratização e simplificação”, destacou o diretor do Departamento Nacional de Registro Empresarial e Integração, André Luiz Santa Cruz.
Para ele, as principais ações foram:
dispensa de alvará de atividades de baixo risco;
assinatura digital, que já estão disponíveis em 24 unidades federativas – e o Brasil deve aderir por completo no fim de 2022 -;
e o Balcão Único, que criou um fluxo simplificado para abertura de empresas em um único procedimento.
“[O terceiro ponto] permite que hoje mais de 60% das empresas abertas sejam feitas em menos de um dia”, destacou o secretário. O tempo médio de abertura é de 1 dia e 16 horas – 1 dia e 13 horas a menos que o período no primeiro quadrimestre de 2021.
O Peac Maquininhas, projeto criado na pandemia que visava oferecer empréstimos para negócios de menor porte até dezembro de 2020, será retomado, mas em outro formado, afirmou o secretário de Desenvolvimento da Infraestrutura da Sepec.
Anteriormente, a União entrava com um fundo para ser repassado via empréstimo e eram feitos crédito garantidos com o chamado “crédito fumaça” – operação de empréstimo empresarial com critério de análise dos recebíveis futuros de uma empresa.
Agora, a União não será mais uma financiadora, mas dará suporte no crédito com garantia de crédito fumaça. As instituições financeiras assumirão o posto de financiadoras.
Para Ywata, esses são indicadores e dados de que a economia brasileira tem se recuperado. “E já temos uma recuperação das perdas ocorridas na pandemia”.
Taxa média do empréstimo pessoal tem alta de 0,74%, aponta Procon-SP
As taxas foram coletadas no dia 1º de junho
A taxa média do empréstimo pessoal teve variação positiva de 0,74% em junho, mostra pesquisa de juros da Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon-SP). Nos seis bancos pesquisados, a taxa média do crédito pessoal ficou em 6,82% ao mês, com acréscimo de 0,06 ponto percentual em relação ao mês anterior, quando a taxa ficou em 6,77%.
As taxas foram coletadas no dia 1º de junho. O levantamento foi feito pelo Núcleo de Inteligência e Pesquisas da Escola de Proteção e Defesa do Consumidor nas seguintes instituições bancárias: Banco do Brasil, Bradesco, Caixa Econômica Federal, Itaú, Safra e Santander.
Os dados se referem às taxas máximas pré-fixadas para clientes pessoa física não preferenciais, independentemente do canal de contratação. O prazo do contrato é de 12 meses.
Dois bancos alteraram suas taxas no último mês. O Banco do Brasil aumentou a taxa de 6,17% para 6,32%, o que representa uma alta de 2,43%. O Bradesco, por sua vez, alterou a taxa de 8,43% para 8,55%. Nesse caso, houve variação positiva de 1,42%.
Em relação ao empréstimo pessoal, a Caixa Econômica Federal pratica a melhor condição para o consumidor, com taxa de 4,05%, seguido pelo Banco Safra, com 5,90%. O percentual de juros mais elevado é do Banco Bradesco, com 8,55% ao mês.
Cheque especial
A taxa média de juros no cheque especial ficou em 7,96% ao mês. Segundo o levantamento, não houve alteração dos percentuais praticados pelos bancos. A taxa média permanece a mesma desde fevereiro de 2021.
No caso do cheque especial, o levantamento também considera o cliente como pessoa física não preferencial, mas o período de contrato é de 30 dias.
O Procon-SP lembra que o Banco Central do Brasil limitou a cobrança da taxa de juros do cheque especial para pessoa física em 8% ao mês. Essa resolução começou a valer em janeiro de 2020. O Banco do Brasil é o único que pratica um percentual abaixo do teto, com taxa de 7,73%.
A fundação orienta que o consumidor deve evitar contrair dívidas. “Caso seja realmente necessário obter crédito, deve pesquisar várias modalidades oferecidas no mercado financeiro e observar que com a limitação dos juros do cheque especial a maioria dos bancos elevou muito da taxa de empréstimo pessoal.”
Fonte: Camila Maciel – Agência Brasil.
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