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Meu INSS+: empresas descobrem novas oportunidades com o lançamento da carteira virtual do INSS

Com o lançamento do Meu INSS+, empresas encontram uma plataforma promissora para alcançar milhões de beneficiários do INSS.

A inovação digital chega ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) com o lançamento do cartão virtual Meu INSS+, proporcionando às empresas uma oportunidade valiosa para ganhar vantagem competitiva. Este novo cartão virtual é destinado a aposentados, pensionistas e aqueles em licença médica, entre outros, e promete revolucionar a forma como os beneficiários acessam seus benefícios.

Anteriormente, esses beneficiários tinham que gerar e imprimir documentos em PDF para usar como comprovante. Com a implementação do Meu INSS+, essa prática é substituída por uma experiência inteiramente digital.

Além da conveniência da digitalização, a novidade  abre uma porta para empresas que desejam entrar no Clube de Vantagens do Meu INSS+. Ao aderir a este programa, as empresas podem oferecer descontos em uma variedade de produtos e serviços, desde cinemas, shows e viagens, até farmácias, telemedicina e seguros. Este acesso direto a um mercado de pelo menos 19 milhões de pessoas, segundo o Ministro do Trabalho, Carlos Lupi, proporciona uma plataforma única para o crescimento dos negócios.

Esta iniciativa é o resultado de uma parceria entre o Ministério da Previdência, o INSS, o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal. No entanto, o programa tem o potencial de se expandir ainda mais, com planos de incluir bancos privados em um futuro próximo.

Para empresas que desejam aproveitar essa nova oportunidade, o processo é simples. Elas devem entrar em contato com o Banco do Brasil ou a Caixa Econômica Federal para saber mais detalhes. Estas instituições estão ativamente formando parcerias com empresas interessadas em oferecer seus serviços e produtos para os beneficiários do INSS.

O lançamento do Meu INSS+ é uma revolução para os beneficiários e também para as empresas. Este novo sistema não só melhora a experiência dos beneficiários, mas também oferece às empresas uma maneira de ampliar seu alcance e ganhar uma vantagem competitiva no mercado. 

Fonte: Juliana Moratto – Contábeis.

INSS começa a pagar antecipação da primeira parcela do 13º salário

Primeiros a receber são beneficiários com NIS de final 1

O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) começa a pagar nesta quinta-feira (25) a antecipação da primeira parcela do décimo terceiro salário, junto ao benefício do mês de maio para quem recebe até um salário mínimo.

Os primeiros a receber os créditos são beneficiários que ganham até um salário mínimo e possuem Número de Identificação Social (NIS) com final 1. A partir de 1º de junho, começam a receber os que ganham mais que o piso nacional e têm cartão NIS com final de inscrição 1 e 6.

Todos os pagamentos, segundo o instituto, serão feitos até 7 de junho. A antecipação do pagamento foi assinada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva no último dia 4.

Entenda

A primeira parcela do 13º salário é isenta de descontos de impostos. Somente na segunda parcela incide a tributação. A consulta ao valor da primeira parcela pode ser feita pelo aplicativo ou por meio do site.

Dicas de como aumentar o score de crédito

Leia o material e entenda como você pode aumentar o seu score de crédito.

O score de crédito, pontuação que indica o quão confiável o consumidor é para pagar as contas em dia, é um fator determinante para concessão de muitos empréstimos e financiamentos do mercado financeiro. Definido pelo Serasa, a escala vai de 0 a 1000, sendo 0 pouco provável que o consumidor pague seus acordos e 1000 muito provável. Com essas referências, é possível que instituições financeiras – como cooperativas de crédito, bancos e fintechs – conheçam o interessado antes de conceder qualquer linha de crédito.

Querli Tolfo, especialista em Educação do Ailos Sistema de Cooperativas, explica que algumas pessoas sequer conseguem abrir contas e obter cartões de crédito se estiverem com o score baixo.

“Caso você tenha uma pontuação pouco expressiva, suas chances de conseguir um empréstimo ou financiamento são poucas. Até solicitar um cartão é mais complicado, mesmo que consiga, o limite disponível será muito abaixo da média. Para evitar um score baixo, é essencial entender como ele é calculado e quais formas de aumentar esse número”, diz Querli.

Pensando em ajudar os consumidores, a especialista apontou cinco dicas de como aumentar o score.

Quite as dívidas e limpe seu nome

Apesar de parecer óbvio, é importante lembrar a necessidade de pagar todas as dívidas que estiverem em aberto e assim limpar o nome. Muitas pessoas pensam que as dívidas “caducam”, mas não é bem assim. Mesmo existindo o prazo de cinco anos para a cobrança jurídica, o débito não desaparece após esse período.

Por isso, é importante quitar tudo, o quanto antes. Não é preciso necessariamente pagá-las todas à vista, mas sim negociá-las e ir pagando aos poucos. Assim, é possível limpar seu nome e subir seu score junto com outros passos seguintes.

Realize pagamento de contas dentro do prazo

Pagando as contas dentro do prazo é possível ganhar muitos pontos, além de descontos. Evite atrasos a qualquer custo e se comprometa com os pagamentos dos seus débitos.

Se você não tem uma memória tão boa e acaba esquecendo de pagar as contas, pode contar com lembretes e alarmes no celular, a fim de te avisar quando a fatura estiver próxima do vencimento. Outras alternativas são: programar as contas no débito automático e escolher um único dia no mês para realizar todos os pagamentos.

Tenha seus dados cadastrais sempre atualizados

Se faz tempo que você não acessa seu cadastro nas instituições de consulta ao crédito, instituições financeiras e comerciais, é bom visitá-los para atualizar.

Manter informações como seu nome, endereço, número de telefone ou e-mail atualizados fará toda a diferença.

Se mantenha no Cadastro Positivo

O Cadastro Positivo é um banco de dados do Banco Central que registra o histórico de pagamentos dos consumidores. A base existe desde 2011 e entrou em vigor em 2013. Até 2019, era necessário se cadastrar, mas a partir desse ano, passou a ser automático, com todo o cidadão brasileiro incluído, a não ser que seja solicitada a remoção.

Por conter as informações positivas dos bons pagadores, o banco de dados é um aliado no aumento do score de crédito, e por isso, vale a pena se manter nele.

Tenha organização financeira

Por último, mas não menos importante, tenha um bom planejamento financeiro. Você pode começar registrando em um caderno todos os seus débitos em aberto e suas expectativas de quitação.  Os registros podem ser feitos à mão ou em um aplicativo digital.

Caso você não tenha nenhuma dívida alta para ser paga, pode simplesmente começar a anotar tudo o que gasta durante o dia. O importante é criar o hábito de acompanhar, para impedir que suas despesas se tornem maiores que as suas receitas. Além de entender melhor sobre as dívidas no site do Serasa ou em outras instituições financeiras, por exemplo. Este é o início da jornada.

“Ao mergulhar no universo das finanças, você verá que nada é um ‘bicho de sete cabeças’, como alguns dizem”, finaliza Querli.

Fonte: Alios

Campos Neto: alta de juros em ano eleitoral mostra critério técnico

Presidente do Banco Central participou de audiência no Senado

O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, disse que o movimento de alta de juros implementado pela autoridade monetária brasileira foi feito durante o período eleitoral, o que, em sua avaliação, demonstra que critérios técnicos prevalecem em relação a políticos nas decisões do BC.

A afirmação foi feita nesta terça-feira (25), em Brasília, durante audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado. Segundo ele, “nunca na história deste país, nem na história do mundo, foi feito um movimento de alta de juros tão grande no período eleitoral, mostrando que o Banco Central, mesmo no período eleitoral, entendeu que a inflação ia subir”, explicou.

Campos Neto lembrou que essa movimentação foi iniciada, no Brasil, antes de grande parte dos outros países. “O Brasil foi um dos primeiros a subir os juros. Fez uma subida muito grande no ano eleitoral, e a gente pode ver a comparação com outros anos eleitorais. Se o Banco Central não tivesse feito esse movimento, a gente teria tido uma inflação de 10%, em vez de 5,8%”, argumentou.

“Aí, hoje, pra gente controlar a inflação – e a expectativa do ano que vem, que seria muito mais alta do que os 10% – a gente estaria com juros de 18,75% [ao ano]”, acrescentou, ao reiterar a defesa pela autonomia do BC. “É importante entender que o BC atua de forma autônoma e acumulou antes. E quanto mais cedo você atua, menos custo tem para a sociedade”, complementou.

Inflação

Campos Neto descreveu o cenário financeiro do Brasil com a média dos núcleos de inflação em 7,8% e a taxa Selic em 13,75% ao ano.

“Olha que curioso: a gente está com o núcleo de inflação [de] 7,8% e com a juros de 13,75%. Na última vez que o juro estava [em] 14,75%, o núcleo de inflação estava mais ou menos o mesmo nível que está hoje. A gente tem uma inflação um pouquinho mais baixa do que quando os juros estavam em 14,25%. O fato de termos atuado antes funcionou”, argumentou.

Na avaliação do presidente do BC, as medidas adotadas pela autoridade monetária têm sido aplicadas de forma suave para evitar grandes choques no prazo imediato.

“Um dos parâmetros que está no mandato [no BC] é a suavização. Sim, o BC suaviza. Se eu quisesse combater o choque no período curto, eu teria que ter juros muito altos [posteriormente]. A gente não vai fazer isso. Suavizar significa alongar o horizonte para ter uma inflação controlada num horizonte que seja relevante, com o mínimo custo social possível”, disse.

Credibilidade

O presidente do Banco Central acrescentou que o objetivo é também o de evitar alongar demais esse “horizonte”, uma vez que é necessário, ao governo, manter a credibilidade.

“Quando você alonga demais o horizonte, eventualmente você perde credibilidade, e, se perder a credibilidade, a expectativa de inflação lá na frente sobe e contamina os preços presentes. Aí, depois, o custo é muito mais caro”, ponderou.

“O mundo não gira na Selic [taxa básica de juros]. Grande parte dos juros é prefixada. Controlar os juros de um dia não garante [queda para] o resto da curva de juros, que é determinada pelo preço que as pessoas estão dispostas a emprestar para o governo. Portanto, se eu não tiver credibilidade eu posso fazer cair os juros curtos, mas os demais vão subir porque a economia não gira no juro curto”, disse.

Segundo Campos Neto, o que possibilita uma queda de juros sustentável é a capacidade de se fazer os juros a curto prazo caírem, e essa curva se perpetuar e propagar.

Fonte: Pedro Peduzzi – Agência Brasil.

Ministério da Fazenda divulga iniciativas para expandir crédito e fomentar investimentos

Estratégias anunciadas buscam impulsionar investimentos em setores-chave através da ampliação de crédito e modernização de garantias.

O Ministério da Fazenda divulgou, na última quinta-feira (20), um conjunto de medidas estruturais de crédito e garantia voltadas às Parcerias Público-Privadas (PPPs) subnacionais. As ações, apresentadas pelos secretários do Tesouro, Rogério Ceron, e de Reformas Econômicas, Marcos Pinto, englobam três eixos: mercado de crédito bancário, mercado de capitais e mercado de seguros.

O principal objetivo das medidas anunciadas é facilitar o acesso e reduzir as taxas de juros no mercado de crédito, proteger investidores no mercado de capitais, melhorar o funcionamento das instituições que dão suporte aos mercados bancário e de capitais, e aprimorar o processo de utilização de garantias.

Medidas para fomentar PPPs

O secretário do Tesouro, Rogério Ceron, destacou quatro medidas que serão adotadas imediatamente para impulsionar as PPPs. Dentre elas, estão duas garantias concedidas pela União para financiamentos, uma voltada para aportes e outra para financiamento de contraprestações continuadas. 

Além disso, haverá flexibilização da contabilização das despesas de PPPs e a publicação de um decreto de debêntures incentivadas.

Ao viabilizar operações de crédito durante a fase de obras, o governo pretende reduzir riscos para parceiros privados e diminuir as necessidades de alavancagem financeira do setor privado. Com a redução da percepção de riscos, espera-se tornar os projetos de PPPs mais atrativos e reduzir custos para os entes subnacionais, além de promover o uso de instrumentos de financiamento mais eficientes.

Novo Marco de Garantias e desburocratização do crédito

O secretário de Reformas Econômicas, Marcos Pinto, detalhou as medidas de fomento ao crédito, incluindo o novo Marco de Garantias, baseado em um projeto de lei (PL) em tramitação no Congresso Nacional. 

A proposta inclui a possibilidade de permitir o uso de recursos de previdência complementar aberta e de títulos de capitalização como garantias em operações de crédito. O governo também pretende simplificar o procedimento de emissão de debêntures e a obtenção de empréstimos.

Aprimoramento do sistema financeiro e enfrentamento a crises

O governo encaminhará um projeto de lei ao Congresso para facilitar o processo de autorização de instituições financeiras no Brasil, eliminando exigências burocráticas criadas na década de 1960. Além disso, o secretário Marcos Pinto ressaltou a importância de adotar um regime de resolução bancária para melhorar as condições de enfrentamento de eventuais crises no sistema financeiro.

Visando ampliar a oferta de seguros para diferentes perfis de consumidores e estimular a competitividade e o desenvolvimento deste mercado, o governo apresentará um projeto que permitirá a operação de cooperativas.

Fonte: Juliana Moratto – Contabeis.

Selic: BC mantém, pela 5ª vez, taxa básica de juros em 13,75% ao ano

Patamar de juros continua no maior nível desde dezembro de 2016.

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) decidiu manter a Selic, taxa básica de juros, em 13,75% ao ano.

Foi a quinta decisão seguida pela manutenção da taxa. Decisão foi unânime.

Dessa forma, o patamar de juros continua no maior nível desde dezembro de 2016.Esta foi a segunda reunião do Comitê do governo Luiz Inácio Lula da Silva.

O comunicado que acompanha a decisão era o mais esperado pelo mercado, já que nele o Comitê expõe sua visão do cenário econômico em que foi baseada a decisão e também pode indicar como será a próxima.

O Copom cita a crise dos bancos no exterior, a piora do cenário externo e interno, bem como a pressão inflacionária persistente.

De acordo com o Copom, desde sua última reunião, “o ambiente externo se deteriorou”.

“Os episódios envolvendo bancos nos EUA e na Europa elevaram a incerteza e a volatilidade dos mercado e requerem monitoramento. Em paralelo, dados recentes de atividade e inflação globais se mantêm resilientes e a política monetária nas economias centrais segue avançando em trajetória contracionista”, diz.

Com relação ao cenário interno, o grupo segue citando os últimos índices econômicos como balizadores para a decisão.

“O conjunto dos indicadores mais recentes de atividade econômica segue corroborando o cenário de desaceleração esperado pelo Copom. A inflação ao consumidor, assim como suas diversas medidas de inflação subjacente, segue acima do intervalo compatível com o cumprimento da meta para a inflação. (…) O Comitê julga que a incerteza em torno das suas premissas e projeções atualmente é maior do que o usual”.

O comunicado diz ainda que o Comitê seguirá acompanhando o cenário inflacionário global e que “não hesitará” em retomar o ciclo de alta caso a manutenção da taxa não consiga controlar a escalada de preços.

“Considerando a incerteza ao redor de seus cenários, o Comitê segue vigilante, avaliando se a estratégia de manutenção da taxa básica de juros por período prolongado será capaz de assegurar a convergência da inflação. O Comitê reforça que irá perseverar até que se consolide não apenas o processo de desinflação como também a ancoragem das expectativas em torno de suas metas, que mostrou deterioração adicional, especialmente em prazos mais longos. O Comitê enfatiza que os passos futuros da política monetária poderão ser ajustados e não hesitará em retomar o ciclo de ajuste caso o processo de desinflação não transcorra como esperado.”

Decisão

A decisão era esperada pelo mercado, mas, desta vez, o Copom chegou à sua segunda reunião do ano com apostas tanto de que ele tinha razões para adiantar os cortes de juros neste ano, quanto para postergá-los ainda mais

A inflação de fevereiro foi mais forte do que o esperado, ainda segue longe da meta e, para o fim do ano, os economistas seguem elevando as projeções de que ela pode subir ainda mais.

O Índice de Preços ao Consumidor (IPCA) em 12 meses até aqui está em 5,6%, para uma meta que, em 2023, tem o centro em 3,25% e o teto em 4,75%.

As metas para a inflação perseguidas pelo BC são de 3,25% em 2023 e 3,00% em 2024 e 2025, com margem de tolerância de 1 ponto percentual. A meta de 2026 deve se fixada neste ano pelo governo.

A última vez que o Banco Central mexeu na taxa de juros Selic foi na reunião de 3 de agosto, quando aumentou de 13,25% para os atuais 13,75%.

Na primeira decisão de manutenção da taxa, em 21 de setembro, o comunicado do Copom apontava que, apesar da manutenção, não estava descartada nova alta caso “o processo de desinflação não transcorra como esperado.

Às vésperas da reunião do Copom, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez, nesta terça-feira (21), em entrevista à TV 247, novas críticas à taxa de juros a 13,75% no Brasil e declarou que “vai continuar batendo” no Banco Central.

Nesta quarta-feira (22), o Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) decidiu elevar a taxa de juros do país em 0,25 ponto percentual, que passam para a faixa de 4,75% a 5%.

Leia a íntegra do comunicado do Copom

Desde a reunião anterior do Comitê de Política Monetária (Copom), o ambiente externo se deteriorou. Os episódios envolvendo bancos nos EUA e na Europa elevaram a incerteza e a volatilidade dos mercados e requerem monitoramento. Em paralelo, dados recentes de atividade e inflação globais se mantêm resilientes e a política monetária nas economias centrais segue avançando em trajetória contracionista.

Em relação ao cenário doméstico, o conjunto dos indicadores mais recentes de atividade econômica segue corroborando o cenário de desaceleração esperado pelo Copom. A inflação ao consumidor, assim como suas diversas medidas de inflação subjacente, segue acima do intervalo compatível com o cumprimento da meta para a inflação. As expectativas de inflação para 2023 e 2024 apuradas pela pesquisa Focus se elevaram desde a reunião anterior do Copom e encontram-se em torno de 6,0% e 4,1%, respectivamente.

Na mesma linha, as projeções de inflação do Copom em seu cenário de referência elevaram-se para 5,8% em 2023 e para 3,6% em 2024. As projeções para a inflação de preços administrados são de 10,2% em 2023 e 5,3% em 2024. O Comitê optou novamente por dar ênfase ao horizonte de seis trimestres à frente, referente ao terceiro trimestre de 2024, cuja projeção de inflação acumulada em doze meses situa-se em 3,8%. Em cenário alternativo, no qual a taxa Selic é mantida constante ao longo de todo o horizonte relevante, as projeções de inflação situam-se em 5,7% para 2023, 3,3% para o terceiro trimestre de 2024 e 3,0% para 2024. O Comitê julga que a incerteza em torno das suas premissas e projeções atualmente é maior do que o usual.

O Comitê ressalta que, em seus cenários para a inflação, permanecem fatores de risco em ambas as direções. Entre os riscos de alta para o cenário inflacionário e as expectativas de inflação, destacam-se:

(i) uma maior persistência das pressões inflacionárias globais;

(ii) a incerteza sobre o arcabouço fiscal e seus impactos sobre as expectativas para a trajetória da dívida pública;

e (iii) uma desancoragem maior, ou mais duradoura, das expectativas de inflação para prazos mais longos.

Entre os riscos de baixa, ressaltam-se:

(i) uma queda adicional dos preços das commodities internacionais em moeda local;

(ii) uma desaceleração da atividade econômica global mais acentuada do que a projetada, em particular em função de condições adversas no sistema financeiro global;

e (iii) uma desaceleração na concessão doméstica de crédito maior do que seria compatível com o atual estágio do ciclo de política monetária.

Por um lado, a recente reoneração dos combustíveis reduziu a incerteza dos resultados fiscais de curto prazo. Por outro lado, a conjuntura, marcada por alta volatilidade nos mercados financeiros e expectativas de inflação desancoradas em relação às metas em horizontes mais longos, demanda maior atenção na condução da política monetária. O Comitê avalia que a desancoragem das expectativas de longo prazo eleva o custo da desinflação necessária para atingir as metas estabelecidas pelo Conselho Monetário Nacional. Nesse cenário, o Copom reafirma que conduzirá a política monetária necessária para o cumprimento das metas.

Considerando os cenários avaliados, o balanço de riscos e o amplo conjunto de informações disponíveis, o Copom decidiu manter a taxa básica de juros em 13,75% a.a. O Comitê entende que essa decisão é compatível com a estratégia de convergência da inflação para o redor da meta ao longo do horizonte relevante, que inclui os anos de 2023 e, em grau maior, de 2024. Sem prejuízo de seu objetivo fundamental de assegurar a estabilidade de preços, essa decisão também implica suavização das flutuações do nível de atividade econômica e fomento do pleno emprego.

Considerando a incerteza ao redor de seus cenários, o Comitê segue vigilante, avaliando se a estratégia de manutenção da taxa básica de juros por período prolongado será capaz de assegurar a convergência da inflação. O Comitê reforça que irá perseverar até que se consolide não apenas o processo de desinflação como também a ancoragem das expectativas em torno de suas metas, que mostrou deterioração adicional, especialmente em prazos mais longos. O Comitê enfatiza que os passos futuros da política monetária poderão ser ajustados e não hesitará em retomar o ciclo de ajuste caso o processo de desinflação não transcorra como esperado.

Votaram por essa decisão os seguintes membros do Comitê: Roberto de Oliveira Campos Neto (presidente), Bruno Serra Fernandes, Carolina de Assis Barros, Diogo Abry Guillen, Fernanda Magalhães Rumenos Guardado, Maurício Costa de Moura, Otávio Ribeiro Damaso, Paulo Sérgio Neves de Souza e Renato Dias de Brito Gomes.

* No cenário de referência, a trajetória para a taxa de juros é extraída da pesquisa Focus e a taxa de câmbio parte de USD/BRL 5,25, evoluindo segundo a paridade do poder de compra (PPC). O preço do petróleo segue aproximadamente a curva futura pelos próximos seis meses e passa a aumentar 2% ao ano posteriormente. Além disso, adota-se a hipótese de bandeira tarifária “amarela” em dezembro de 2023 e de 2024. O valor para o câmbio é obtido pelo procedimento usual de arredondar a cotação média da taxa de câmbio USD/BRL observada nos cinco dias úteis encerrados no último dia da semana anterior à da reunião do Copom.

Fonte: Lívia Macario – Contábeis.

Novo Mutirão para Negociação de Dívidas da Febraban termina dia 31 de março

O mutirão não inclui dívidas que tenham bens dados em garantia, como veículos, motocicletas e imóveis.

O Mutirão de Negociação e Orientação Financeira para consumidores com dívidas no cartão de crédito, cheque especial, crédito consignado e demais modalidades de crédito em atraso com bancos ou financeiras vai até o dia 31 de março.

A ação é uma iniciativa da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), com apoio da Secretaria Nacional do Consumidor do Ministério da Justiça e Segurança Pública (Senacon/MJSP). O mutirão não inclui dívidas que tenham bens dados em garantia, como veículos, motocicletas e imóveis.

As negociações podem ser feitas diretamente pelo portal consumidor.gov.br, da Senacon, que o consumidor acessa por meio de conta Gov.br categoria prata ou ouro, ou com o banco ou financeira.

Durante a campanha, que também conta com o apoio dos Procons estaduais e do Banco Central, serão oferecidos descontos e prazos especiais de pagamento da dívida, a critério de cada instituição, que define as regras e condições a serem ofertadas.

Na página sobre o Mutirão Nacional, há vídeos mostrando o passo a passo sobre como acessar o portal, encontrar a instituição e abrir o pedido de negociação.

No último mutirão, realizado em novembro do ano passado, mais de 2,3 milhões de contratos foram renegociados pelos bancos, trazendo alívio financeiro imediato para os endividados.

Superendividados

Caso o consumidor esteja superendividado, ou seja, impossibilitado de quitar e manter a sua subsistência ou a de sua família, a orientação é procurar o Procon mais próximo e pedir orientação. O Mutirão não é indicado para o consumidor protegido pela Lei do Superendividamento.

Passo a passo para renegociação da dívida no mutirão:

1 – Ao acessar a plataforma Registrato, do Banco Central, o consumidor pode consultar gratuitamente empréstimos e financiamentos existentes em seu nome e outras informações de seu relacionamento com as instituições financeiras, como conta corrente, investimentos e chaves Pix, por exemplo;

2 – O consumidor pode utilizar uma das planilhas gratuitas disponíveis no portal Meu Bolso em Dia para descobrir o valor com que poderá contar para pagar suas dívidas. As tabelas já estão prontas, com as fórmulas de cálculos feitas. Basta inserir as entradas e saídas de dinheiro para ter um panorama das finanças;

3 – Na ocasião da negociação com a instituição credora, o consumidor interessado deve informar a dívida que pretende quitar e perguntar quais são as condições oferecidas para a sua quitação. Se concordar com o proposto, um acordo de negociação será assinado. Caso não concorde, o consumidor pode fazer contrapropostas para chegar a um acordo que caiba no bolso.

Leia mais: Dívidas em atraso poderão ser negociadas em Novo Mutirão com bancos e instituições financeiras

Com informações da Agência Brasil 

Fonte: Juliana Moratto – Contábeis.

Valores a Receber: mais de meio milhão de brasileiros têm acima de R$ 1 mil para sacar

Consulta ao sistema do BC sobre valores esquecidos foi reaberto nesta terça-feira (28).

O relatório do Banco Central do Brasil (BCB) sobre os valores esquecidos em contas bancárias mostra que 643.105 pessoas têm mais de R$ 1.000,01 para sacar. 

A consulta ao Sistema de Valores a Receber (SVR) foi reaberta nesta terça-feira (28) pela autarquia.

Os dados do relatório também mostram que 4,6 milhões de pessoas têm entre R$ 100,01 e R$ 1.000 esquecidos. 

A maior parcela de beneficiários, porém, é de quem tem até R$ 10: estes são, ao todo, 29,2 milhões de pessoas.

Os números são referentes ao total de contas, uma pessoa pode ter mais de uma conta aberta com dinheiro esquecido. Os dados divulgados nesta semana pelo Banco Central são referentes a janeiro de 2023.

O BC também informou que os saques serão liberados a partir da próxima terça-feira (7).

Confira a quantidade de beneficiários por faixa de valores a receber:

  • Acima de R$ 1.000,01: 643.105 contas | 1,37% do total;
  • Entre R$ 100,01 e R$ 1.000,00: 4.694.862 contas | 10,03% do total;
  • Entre R$ 10,01 e R$ 100,00: 12.195.837 contas | 26,05% do total;
  • Entre R$ 0,00 e R$ 10,00: 29.282.110 contas | 62,55% do total.

Como consultar

O SVR tem disponíveis cerca de R$ 6 bilhões em valores a receber para 38 milhões de CPFs e 2 milhões de CNPJs.

O Banco Central ressalta que este é único site no qual é possível fazer a consulta e saber como solicitar a devolução dos valores para pessoas jurídicas ou físicas, incluindo falecidas.

A consulta aos valores esquecidos estava suspensa desde abril de 2022, assim como os saques. 

Será permitido o saque dos recursos também pelos herdeiros e representantes legais dos falecidos.

Novidades

Além do retorno do SRV, o BC anunciou mudanças nas consultas e saques para os usuários, neste último caso, eles começam em 7 de março, a partir das 10h. Veja abaixo.

  • Inclusão de todos os tipos de valores previstos na norma do SVR, ampliando a possibilidade e o montante a receber;
  • Compartilhamento e impressão das telas e protocolos de solicitação do SVR, inclusive pelo WhatsApp, facilitando o acesso e guarda das informações do sistema;
  • Sala de espera virtual para manter o SVR aberto por prazo indeterminado, com acesso sem agendamento;
  • Consulta a valores de pessoa falecida, com acesso para herdeiro, testamentário, inventariante ou representante legal, informando os dados de contato da instituição responsável pelo valor e a faixa de valor;
  • Mais transparência para quem tem conta conjunta. Se um dos titulares solicitar o valor via SVR, o outro, ao entrar no sistema, conseguirá ver as informações da solicitação: valor, data e CPF de quem solicitou.

Dicas para não cair em golpes

A primeira dica para não cair em golpes se refere a mensagens recebidas pelo WhatsApp para resgatar os valores esquecidos via PIX.  

Nesse caso, o BC orienta a ignorar as mensagens e, principalmente, não clicar em links.

Esses links, informa a instituição, roubam senhas em redes sociais e podem instalar vírus e programas espiões no celular.

Informações oficiais sobre valores a receber e sobre a consulta ao sistema são divulgadas apenas no site do Banco Central e nas redes oficiais da instituição, e não por meio de aplicativos de mensagens ou SMS.

Confira, abaixo, dicas para não cair em golpes:

  • O Banco Central não envia links e não entra em contato com os clientes para tratar sobre valores a receber ou para confirmar dados pessoais;
  • Ninguém está autorizado a entrar em contato com os clientes em nome do Banco Central ou do Sistema Valores a Receber;
  • Nunca clique em links suspeitos enviados por e-mail, SMS, WhatsApp ou Telegram;
  • Não faça qualquer tipo de pagamento para ter acesso aos valores. Todos os serviços do Valores a Receber são totalmente gratuitos;
  • Este é o único site para saber informações sobre valores a receber.

Fonte: Lívia Macario – Contábeis

Atividade econômica tem alta de 2,9% em 2022

Índice é considerado prévia do PIB, que será divulgado em março

A atividade econômica brasileira registrou alta de 2,9% em 2022, de acordo com dados divulgados hoje (16) pelo Banco Central (BC). O resultado aponta desaceleração da economia em relação à expansão de 4,6% do Produto Interno Bruto (PIB, a soma dos bens e serviços produzidos no país) em 2021.

O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) é uma forma de avaliar a evolução da atividade econômica do país e ajuda o órgão a tomar decisões sobre a taxa básica de juros, a Selic, definida atualmente em 13,75% ao ano. O índice incorpora informações sobre o nível de atividade dos três setores da economia – a indústria, o comércio e os serviços e agropecuária –, além do volume de impostos.

Entretanto, o indicador oficial da economia brasileira é o Produto Interno Bruto, calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O PIB de 2022 será divulgado em 2 de março.

Em 2021, o PIB do Brasil cresceu 4,6%, totalizando R$ 8,7 trilhões. Até o terceiro trimestre de 2022, o indicador avançou 3,2%.

Dados de dezembro

O IBC-Br de dezembro teve aumento de 0,29% em relação ao mês anterior, de acordo com os dados dessazonalizados (ajustados para o período). Na comparação com dezembro de 2021, houve crescimento de 1,42% (sem ajuste para o período, já que a comparação é entre meses iguais).

Em 2022, os resultados do IBC-Br mantiveram trajetória de alta, com pequenas oscilações até o mês de julho, quando passou a cair. Em dezembro, o índice fechou em 143,62 pontos.

Fonte: Andreia Verdélio – Agência Brasil.

Os benefícios do Open banking para suas finanças

Na esteira do lançamento do Pix e da política de incentivo à competitividade no setor financeiro, foi lançado em 2021 o Open Banking.

Na esteira do lançamento do Pix e da política de incentivo à competitividade no setor financeiro, promovida pelo Banco Central, foi lançado em 2021 o Open Banking, termo em inglês que faz referência ao “Sistema Financeiro Aberto”. Desde então, o sistema está cada vez mais presente na vida dos brasileiros, tanto que, de acordo com estudo da Global Open Finance Index, desenvolvido pela Open Banking Excellence (OBE) em parceria com a Universidade de Oxford, o Brasil deve ultrapassar o Reino Unido ainda este ano ou, no máximo, em 2024, e assumir a liderança global de adeptos ao serviço.

Em termos práticos, ele consiste na padronização e no compartilhamento de dados de clientes entre os bancos para que os serviços bancários atendam às necessidades do público de forma personalizada. Ou seja, ao compartilhar essas informações, a instituição terá a possibilidade de avaliar seu perfil e identificar qual o produto mais indicado para o seu momento, como empréstimos, investimentos e consultorias em geral. Nada de compartilhar extratos em PDF, Excel, prints ou fotos mal formatadas. Você poderá compartilhar os dados que serão tratados e analisados de maneira profissional e com tecnologia de ponta.

E essa possibilidade de compartilhamento que o torna interessante e benéfico para a maioria das pessoas que realizam movimentações bancárias, pois, com isso, provedores de serviços financeiros também poderão ajudar, baseado no perfil detectado, a tomar decisões precisas, bem como, oferecer ferramentas de organização orçamentária como acompanhamento de gastos, visualização objetiva de orçamento pessoal, áreas de economia e possibilidades de investimento, além de estabelecer um planejamento mais realista e um maior controle a fim de tomar decisões mais conscientes.

Claro, que por ser relativamente novo, existem muitas dúvidas, e até mesmo receio em relação ao sistema, principalmente para pessoas que estejam em uma situação financeira mais delicada, com dívidas, e afins. Porém, é importante lembrar, que nestes casos, as pessoas podem não tomar as melhores decisões, muitas vezes se precipitando. Por isso, é importante que utilizem o open banking, pois dará a possibilidade de receberem acompanhamento de profissionais certificados para apoiar nas decisões. E esses profissionais contarão com informações completas providas pelo Open Banking.

Além disso, o fato de ser patrocinado e fiscalizado pelo Banco Central, garante uma maior confiança dos prestadores de serviços. Por fim, ao autorizar a consulta dos dados bancários, o usuário realiza o login apenas com sua senha de acesso e nunca com a sua senha de transações, o que assegura que nenhuma operação poderá ser realizada sem o seu consentimento.

Serviços como esse são fundamentais para que em uma sociedade como a nossa, que possui cerca de 80% das famílias endividadas, amadureça um novo comportamento financeiro mais consciente.

Fonte: Gabriel Dau – Jornal Contábil.