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Pequenas empresas são responsáveis por 76% dos novos empregos

Pesquisa, referente a novembro de 2021, é do Sebrae

Uma pesquisa do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) mostra que as micro e pequenas empresas seguem como as principais geradoras de novas vagas de emprego.

De acordo com levantamento, feito com base no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), o setor foi responsável por 76% das vagas de emprego no país. Os dados correspondem ao mês de novembro de 2021. 

Na avaliação do Sebrae, há 15 meses seguidos os pequenos empresários geram a maioria das vagas de emprego no Brasil. A média mensal do período é superior a 70% de participação na criação de novas vagas. 

O comércio foi responsável pela abertura de 116,7 mil postos, seguido pelos setores de serviços (98,7 mil), construção (16,7 mil) e indústria (15,2 mil). 

No caso das empresas de médio e grande porte, o maior número de postos de trabalho foi gerado nas firmas do setor de serviços (80,8 mil vagas), seguido pelo comércio (21,3 mil). A agropecuária, indústria e a construção apresentaram saldo negativo de criação de novas oportunidades. 

Fonte: Agência Brasil – 26/01/2022

Conversão de GPS em Darf será automática em alguns casos; veja quais

O objetivo da Receita Federal é facilitar a regularização de débitos para adesão ao Simples Nacional.

A Receita Federal divulgou a Nota Conjunta Corat/Cocad/Suara/RFB nº 5, de 11 de janeiro de 2022, que converte as Guias da Previdência Social (GPS) em Darf de forma automática. 

A intenção é permitir a regularização de débitos para que as empresas possam fazer adesão ao Simples Nacional. Os contribuintes receberão um comunicado pela Caixa Postal.

Conversão da GPS em Darf

Estão sendo convertidas automaticamente as GPS dos períodos de Apuração (PA) 10/2021 ou posteriores, recolhidas nos códigos 2003, 2011, 2020, 2100, 2119, 2127, 2143, 2607 e 2950, desde que o contribuinte não tenha transmitido Pedido Eletrônico de Restituição, Ressarcimento ou Reembolso e Declaração de Compensação (PER/Dcomp).

Entretanto, algumas situações necessitam que o contribuinte realize o pedido de conversão de GPS, preferencialmente por meio do ChatRFB, como:

– O recolhimento de GPS referentes a retenção sobre cessão de mão de obra – códigos 2550 e 2631, ou matrícula CEI/CNO – códigos 2208, 2216, 2240, 2321, 2658 e 2704, para que não restem dúvidas quanto a identificação de prestador e tomador dos serviços;

– Contribuintes que tenham transmitido PER/Dcomp referentes a competências PA a partir de 10/2021.

Além disso, visando evitar prejuízos aos contribuintes, o serviço de inscrição automática em Dívida Ativa da União (DAU) está restringindo o envio de débitos de natureza previdenciária com PA igual ou maior que 01/10/2021, até que os ajustes nos pagamentos sejam efetivados.

Ainda com relação ao processamento de inscrição, também estão sendo evitados os envios dos débitos de contribuintes que possam optar pelo ingresso no Simples Nacional, exceto aqueles que eventualmente estejam em risco de prescrição.

Regularização Simples Nacional

É importante ressaltar que enquanto o prazo para a solicitação da opção não vencer, o contribuinte poderá regularizar as pendências impeditivas ao ingresso no Simples Nacional.  

O pedido de parcelamento poderá ser realizado por meio do Portal do Simples Nacional ou do e-CAC da RFB, no serviço “Parcelamento – Simples Nacional”. O parcelamento pode ser realizado em até 60 parcelas e o pagamento da 1ª parcela é suficiente para regularizar os débitos nele incluídos, para fins de opção ao Simples Nacional.

Fonte: Contábeis – 24/01/2022

Cadastro Positivo deve incluir novas contas em 2022

Dados das contas de luz, gás, água e esgoto devem ser incluídos no Cadastro Positivo ainda neste ano.

O Cadastro Positivo passará para uma nova fase que poderá incluir dados das contas de luz, contas de gás, água e esgoto, além de dados sobre boas práticas ambientais, sociais e de governança (ESG, na sigla em inglês) de empresas.

Até o final do ano passado, as avaliações praticamente só contavam com informações do sistema financeiro.

O objetivo do Cadastro Positivo é criar um histórico de pagamento mais detalhado dos clientes, quanto mais informações na base de dados, melhor, de modo a produzir uma análise mais eficaz do risco de crédito, servindo de alternativa à “lista de negativados” e beneficiando os bons pagadores com melhores condições em empréstimos.

A Associação Nacional de Bureaus de Crédito (ANBC) contabiliza que os inscritos no Cadastro Positivo saíram de seis milhões em 2017 para mais de 100 milhões atualmente, sendo que 95% são pessoas físicas. A expectativa é que chegue a 150 milhões, com a inclusão das contas de luz, gás, água e esgoto. Por outro lado, os pedidos para retirada de dados somam 360 mil, segundo a Boa Vista, um dos quatro birôs registrados pelo BC como gestores de banco de dados (GBDs) do Cadastro Positivo.

“Com a entrada de informações de telecomunicação, estimamos que 9 milhões de CPFs novos entraram no mercado, com a possibilidade de ter acesso ao crédito. Bancos e empresas de varejo que vendem a crédito não tinham acesso a essas pessoas. São pessoas que não são bancarizadas, mas que têm emprego, pagam suas contas de telefone”, destaca Dirceu Gardel, presidente da Boa Vista.

O presidente também afirma que há um esforço dos birôs de buscarem outras fontes de informações. Segundo ele, a Boa Vista tem hoje dados de todos os setores da economia, e utiliza também informações geográficas e pedidos de crédito no mercado. A empresa tem ainda cerca de 120 mil clientes que consomem produtos relacionados ao Cadastro Positivo, como o próprio acesso à nota de crédito dos consumidores.

Taxas melhores

Mesmo que o Cadastro não esteja “completo”, BC e os birôs já encontram efeitos positivos. Em pesquisa divulgada nesta quarta-feira, 19, com cerca de 2 mil consumidores, a Boa Vista reportou queda média de 10,4% das taxas cobradas no crédito pessoal não consignado, mesmo resultado apontado para redução média do spread (diferença entre a taxa que o banco cobra do cliente e a que ele paga na captação dos recursos) nessas operações no relatório do BC de maio de 2021.

O BC comparou os tomadores de crédito com pontuações baseadas no Cadastro Positivo com aqueles que ainda não estavam cadastrados no banco de dados. A queda média chegou a 15,9% para os tomadores em que a diferença de nota foi maior com e sem a inclusão no Cadastro Positivo foi maior. “Por outro lado, não se observou efeito estatisticamente significativo nos spreads para os tomadores que apresentaram diferença negativa”, disse o BC, na época.

A pesquisa da Boa Vista também apontou que 41% dos entrevistados melhoraram sua nota de crédito nos últimos dois anos, período que coincide com a adesão automática ao Cadastro Positivo. A Serasa Experian chegou a uma conclusão semelhante ao comparar a pontuação de crédito com ou sem o Cadastro Positivo: mais de 40% da população foi “beneficiada”.

Mesmo com o ciclo agressivo de alta da taxa básica de juros, o presidente da ANBC, Elias Sfeir, avalia que o Cadastro Positivo pode atenuar o aumento do custo final dos tomadores de empréstimos ao atuar sobre os spreads bancários. “Cerca de 35% do spread está ligado à inadimplência. E os nossos estudos já mostraram que o Cadastro Positivo tem o potencial de reduzir em até 42% essa fatia do spread”, detalha.

Queda na inadimplência

Sfeir relata ainda que o Cadastro Positivo foi fundamental para os bancos levarem adiante um enorme programa de renegociação de crédito durante a pandemia de covid-19, sem comprometerem suas carteiras. 

“O histórico de comportamento de crédito foi essencial para que as instituições avaliassem o aspecto pontual da crise nas repactuações. Uma consistência maior de informações possibilitou separar quem estava com problemas por causa da pandemia e quem já tinha problemas anteriores. Por isso a inadimplência continua perto do piso histórico do indicador”, completa.

A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) concorda que o Cadastro Positivo é um dos fatores que podem estar contribuindo com uma inadimplência mais baixa desde o início da pandemia, mas considera difícil separar o efeito específico da iniciativa nas taxas.

Qualitativamente, o Diretor de Regulação Prudencial, Riscos e Assuntos Econômicos, Rubens Sardenberg, afirma que os bancos reportam que têm ajudado na avaliação do cliente que estava em uma “zona cinzenta”, que, por exemplo, tem um comportamento mais errático no pagamento de seus compromissos.

“O Cadastro Positivo permite uma diferenciação maior dos clientes, em função do maior número de informações, de ter um filme. O Cadastro Negativo é uma foto. O Cadastro Positivo vai ser progressivamente mais importante, com a entrada de novas informações, especialmente para pessoas pouco ou não bancarizadas”, avalia Sardenberg, apontando que o efeito sobre o mercado de crédito ainda está “em fase inicial”.

Cadastro positivo

O cadastro positivo é um banco de dados que reúne informações de pagamento de consumidores e empresas, como empréstimos e contas de serviços continuados. Essas informações são usadas para construir uma pontuação de crédito. Quem costuma pagar suas dívidas em dia e não está inadimplente, tem nota mais alta.

O sistema serve como referência para varejistas e credores (bancos ou financeiras) identificarem quem são os bons pagadores que buscam crédito. 

Segundo a Boa Vista, o cadastro positivo ajudou 41% dos entrevistados a melhorar a nota de crédito.

Score

O score serve para medir o risco do consumidor em não pagar uma dívida aos credores. Ela é dividida entre baixo, médio e alto risco de inadimplência.

Para garantir que o score melhore, é importante pagar contas em dia e se possível antes da data de vencimento, evitar pagar o valor mínimo dos cartões de crédito (pague o total sempre que puder) e diminuir a busca por crédito no mercado. 

Com informações da Folha de S. Paulo

Fonte: Contábeis – 20/01/2022

ICMS: congelamento será suspenso a partir do dia 31

A ação de congelamento do ICMS tinha como objetivo amenizar a alta dos combustíveis, mas a medida não surtiu efeito e o preço segue em alta.

O Congelamento do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) perderá validade a partir do dia 31 de janeiro.

A medida, criada para amenizar a alta dos combustíveis, não surtiu efeito. De acordo com o economista e professor de finanças do Instituto Brasileiro de Mercados e Capitais, William Baghdassarian, a medida é ineficaz, pois o valor congelado do ICMS compõe apenas uma pequena parcela do montante que compõe o valor cobrado nas bombas dos postos de gasolina.

“É ineficaz , pois mesmo que tire esse valor do ICMS, o impacto é muito pequeno e ainda é negativo para os estados que já tem suas dívidas com a União. Além do mais os próprios postos de gasolina podem se apropriar dessa pequena parcela”, explicou.

Com isso, os secretários de Fazenda dos Estados e do Distrito Federal se reuniram na sexta-feira (14) e decidiram pelo fim do congelamento do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) ,.

A decisão foi tomada após uma reunião do Comitê Nacional de Secretários da Fazenda (Comsefaz) entender que a medida não foi suficiente para barrar o aumento do diesel e da gasolina.

Preço dos combustíveis

No fim de outubro, governadores decidiram congelar o ICMS por 90 dias para se opor a uma proposta que havia passado na Câmara e no Senado para tornar o tributo estadual fixo por um ano. 

Estados chegaram a alegar que, se fosse aprovada, ela poderia levar a uma baixa de arrecadação superior a 20 bilhões de reais.

Segundo o Comsefaz, a forma mais eficaz de reverter os preços dos combustíveis nas bombas é a alteração da política econômica da Petrobras, que define os preços dos combustíveis de acordo com a variação do petróleo no mercado internacional e o dólar, adotado em 2017 durante o governo Temer. 

Os secretários de Saúde defenderam também a aprovação de uma reforma tributária ampla, nos moldes da PEC 110/2019 que está no Senado Federal.

Fonte: Contábeis – 17/01/2022

Estados decidem encerrar congelamento de ICMS de combustíveis

Imposto voltará a ser corrigido por preços em fevereiro

Por maioria de votos, os governos estaduais decidiram encerrar o congelamento do Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre os combustíveis que vigorava desde novembro. A medida foi decidida hoje (14) em reunião do Comitê Nacional dos Secretários Estaduais de Fazenda (Comsefaz).

Os governadores decidiram não renovar o congelamento, que acabará no fim de janeiro. Na reunião no fim de outubro, o Comsefaz tinha decidido manter o ICMS enquanto a União, a Petrobras, o Congresso Nacional e os estados negociavam uma solução definitiva para amortecer parte do impacto dos reajustes nas refinarias para o consumidor.

Segundo o Comsefaz, o descongelamento do ICMS foi decidido após a Petrobras elevar o preço dos combustíveis nas refinarias nesta semana. No primeiro reajuste em 77 dias, a gasolina subiu 4,85%, e o diesel aumentou 8,08%.

Por diversas vezes ao longo do ano passado, o presidente Jair Bolsonaro atribuiu aos estados parte da culpa pelos aumentos dos combustíveis. O governo federal quer que o ICMS seja cobrado como um preço fixo por litro, como ocorre com os tributos federais.

Atualmente, o ICMS é calculado como um percentual do preço final. Isso faz com que o imposto flutue conforme os preços nas bombas, subindo quando a Petrobras reajusta os preços nas refinarias e baixando quando ocorre o contrário.

Os governadores consideram o projeto paliativo e defendem a criação de um fundo de estabilização dos preços dos combustíveis, que evitaria repasses ao consumidor e, ao mesmo tempo, bancaria eventuais prejuízos da Petrobras quando o preço internacional do petróleo e o dólar sobem.

Fonte: Agência Brasil – 14/01/2022

Empresários devem reconhecer o papel e potencial estratégico da contabilidade em seus negócios

O contador além de ajudar no planejamento estratégico da empresa, consegue auxiliar na tomada de decisões no desenvolver do negócio.

Empreender no Brasil é considerado um desafio para muitos, devido à alta carga tributária, a burocratização dos processos, as obrigações trabalhistas e fiscais, além dos subsídios que não atendem às expectativas.

Estão muitos passos à frente os empresários que identificam a importância de um profissional da contabilidade assessorando a tomada de decisão de sua empresa. Reconhecer a função social e econômica das empresas contábeis é um diferencial estratégico no mercado, porque posiciona os negócios para uma operação em alto nível.

O empresário que ainda hoje enxerga a contabilidade como um mal necessário está desatualizado e perde ao não considerar o know-how valiosíssimo de quem está do outro lado: o empresário contábil, profissão celebrada no dia 12 de janeiro.

Além de desafiador, torna-se impossível sem o suporte técnico das equipes contábeis, que quando incorporado à gestão das empresas, não só possibilita vencer todos esses entraves, como prosperar economicamente.

O empresário contábil vive a realidade de seus clientes, enquanto lidera equipes que detém dados estratégicos sobre os gargalos e oportunidades do negócio aos quais assessora. Além de ser quem acompanha o mercado e as novas resoluções governamentais, a fim de apontar alternativas.

Vale reforçar aos líderes de empresas que tenham o empresário contábil como seu parceiro e os profissionais da contabilidade, que sejam os primeiros a reconhecer que o trabalho influencia diretamente na solidez de outros negócios. E negócios sólidos produzem, geram emprego, renda e movem a economia do nosso país.

Fonte: Samir Nehme, presidente do CRC/RJ.

Salário mínimo 2022: INPC mostra que reajuste do salário mínimo anunciado pelo governo não cobre inflação

Percentual de inflação usado pelo governo para corrigir o salário mínimo ficou 0,14 ponto abaixo do valor oficial.

O salário mínimo é atualizado anualmente para os trabalhadores. Em 2022, o governo utilizou um percentual de inflação menor do que deveria para fazer essa manutenção do piso salarial. Com isso, o valor foi fixado em R$ 1.212 neste ano.

Nesta terça-feira (11), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou INPC de 2021 foi de 10,16%, mas a União utilizou o percentual de  10,02%. Pela metodologia, o salário mínimo de 2022 deveria ser de 1.213,54 para repor a inflação.

A Constituição determina a preservação do poder aquisitivo do salário mínimo, mas, segundo o governo, quando há uma diferença pequena no índice usado para o reajuste, é possível fazer a reposição no ano seguinte.

O Ministério da Economia disse, por meio de nota, que “historicamente, a diferença, seja negativa ou positiva, entre a estimação e o dado realizado do INPC é restabelecida na composição do salário mínimo do ano posterior”.

Ainda segundo o ministério, desde 2010 o reajuste do salário mínimo é aplicado desde o primeiro dia do ano. Para isso, o governo utiliza os dados de inflação divulgados pelo IBGE de janeiro a novembro do ano anterior e projeta o valor do INPC para dezembro, o que pode levar às diferenças de valores.

“Como em toda projeção, há incerteza inerente às estimações, os dados realizados podem diferir dos calculados pelos modelos econométricos”, respondeu o ministério.

Salário mínimo de 2022

Para calcular o valor do salário mínimo de 2022, o governo utilizou uma previsão de 10,02% para a inflação de 2021 medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), índice usado para corrigir o salário mínimo, entre outros.

“Neste percentual, foram considerados os valores do INPC para os meses de janeiro a novembro e as projeções do governo para o mês de dezembro. Em 2021, o salário mínimo recebido pelos trabalhadores é de R$ 1.100,00″, disse o Ministério da Previdência e Trabalho em nota divulgada em 31 de dezembro.

Além disso, o governo incorporou quase R$ 2 que ficou devendo no reajuste do salário mínimo de 2020 para 2021. Com isso, fixou o salário mínimo de 2022 em R$ 1.212,00.

Porém, o INPC de 2021 fechou em 10,16%. Ou seja, o percentual de inflação usado pelo governo para corrigir o salário mínimo ficou 0,14 ponto percentual abaixo do valor oficial.

No ano passado, o salário mínimo também foi estipulado abaixo da inflação do ano anterior. O piso foi fixado em R$ 1.100 anunciado, considerando uma correção de 5,26%. Porém, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) acumulou alta de 5,45%.

Isso significa que, para que não houvesse perda de poder de compra, o valor do salário mínimo teria de ser reajustado para R$ 1.101,95 em 2021, o que não aconteceu. A diferença foi reposta parcialmente no salário mínimo de 2022.

Já em 2020, o governo tinha fixado o salário mínimo inicialmente em R$ 1.039, um reajuste de 4,1%, também abaixo da inflação oficial medida pelo INPC na época, que foi de 4,48%. Em fevereiro de 2020, o governo editou nova medida provisória recompondo o poder de compra do trabalhador e fixando o piso em R$ 1.045.

O governo é obrigado a editar até o último dia do ano uma medida provisória contendo o valor do salário mínimo para o ano seguinte. Com isso, utiliza o valor acumulado do INPC de janeiro a novembro e um previsão para dezembro. Porém, nos últimos anos, tem errado a previsão de dezembro.

Fonte: Contábeis – 12/01/2022

Reajuste salarial médio ficou abaixo da inflação no ano passado e tendência deve ser observada novamente em 2022

Os reajustes no setor privado ficaram na média de 6,5% e perderam para a alta da inflação no último ano.

A inflação ao longo de 2021 prejudicou consideravelmente o poder de compra da população em geral, mas especialmente do trabalhador do setor privado que não teve o salário reajustado o suficiente para combater essa alta.

No último ano, segundo o Salariômetro, pesquisa da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), o reajuste médio dos colaboradores registrados pela CLT por meio das negociações coletivas foi de apenas 6,5%

A remuneração dos funcionários brasileiros não conseguiu acompanhar a inflação e tampouco superá-la no período, que acumulou 8,4% nos últimos 12 meses de acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC).

A pesquisa revelou ainda que 51% das negociações salariais no período ficaram abaixo da inflação, 30% empataram e 19% foram superiores.

Na divisão por setores, o de Serviços foi um dos mais afetados e que vem sofrendo maiores dificuldades de superar a inflação e retomar os ganhos do patamar anterior à pandemia.

Essa tendência deve continuar em 2022, devido ao elevado índice de desemprego que busca a recuperação, pela falta de perspectivas de melhoria da economia, e também pelas incertezas que as novas variantes da Covid-19 trazem. Ainda é ano de eleição no país, causando insegurança política, prejudicando o cenário de recuperação econômico.

Fonte: Contábeis – 07/01/2022

Contribuição do MEI subirá para R$ 60,60 em fevereiro

Pagamento maior segue aumento do salário mínimo

A partir de fevereiro, os cerca de 13 milhões de microempreendedores individuais (MEI) registrados no país pagarão R$ 60,60 para contribuírem com a Previdência Social. O aumento, de 10,18%, segue o reajuste do salário mínimo, que passou de R$ 1,1 mil para R$ 1.212 em 1º de janeiro.

O reajuste valerá apenas para os boletos com vencimento a partir de 20 de fevereiro. A cota deste mês, que vence em 20 de janeiro, continuará a ser paga pelo valor antigo, de R$ 55.

Profissionais autônomos com regime tributário e previdenciário simplificado, os microempreendedores individuais recolhem 5% do salário mínimo por mês para o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). O restante da contribuição mensal varia conforme o ramo de atuação.

Os trabalhadores que exercem atividades ligadas ao comércio e à indústria pagam R$ 1 a mais referente ao Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), administrado pelo estado onde mora. Os profissionais que executam serviços recolhem R$ 5 a mais de Imposto sobre Serviços (ISS), administrado pelo município onde habita.

Ao contribuírem para o INSS, os microempreendedores individuais passam a ter direito à aposentadoria por idade, auxílio-doença, salário-maternidade, auxílio-reclusão e pensão por morte. Além disso, a Receita Federal fornece um Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ) aos MEI, que podem emitir notas fiscais e obter crédito com condições especiais.

O boleto mensal do Documento de Arrecadação Simplificada do MEI (DAS-MEI) pode ser gerado no Portal do Empreendedor. As parcelas vencem no dia 20 de cada mês.

Fonte: Agência Brasil – 04/01/2022

Participação de lucros e resultados: saiba como calcular e implementar na sua empresa

Toda empresa pode implementar um programa de PLR com o objetivo de recompensar o funcionário pelos resultados obtidos; veja como.

A Participação nos Lucros e Resultados (PLR) é um modelo de remuneração em que os colaboradores recebem parte dos lucros da empresa como recompensa após bater suas metas.

Para isso, é fundamental entender que essa bonificação é considerada um prêmio financeiro pelo cumprimento de metas e não faz parte do salário dos empregados.

A Participação nos Lucros e Resultados (PLR) consistem em uma divisão percentual do faturamento líquido de uma empresa com seus funcionários

O valor dessa bonificação irá depender da porcentagem instituída na participação em cada empresa, variando conforme os rendimentos dela. Isso quer dizer que a quantia recebida por cada colaborador está diretamente relacionada ao seu resultado individual e aos lucros obtidos coletivamente.

Essa iniciativa foi citada na Constituição em 1946, mas apenas nos anos 2000, com a Lei 10.101, é que foi regulamentada. Em 2013, por meio da Lei 12.832, sofreu atualizações. Segundo a Constituição, toda empresa poderá implementar um programa de PLR com o objetivo de recompensar o funcionário pelos resultados obtidos para a empresa.

No entanto, antes de adotar esse programa de bonificação, a organização deve passar por um processo de implementação, em que o sindicato da categoria e os representantes dos funcionários devem ser ouvidos.

Diferenças entre PLR e PPR

PLR é a sigla para Participação nos Lucros e Resultados. Ela é concedida aos colaboradores quando, além de ter batido todas as metas estipuladas, a empresa também conseguir lucros. Logo, a distribuição do valor entre a equipe é feita a partir dos lucros obtidos.

Enquanto isso, PPR é a sigla para Programa de Participação nos Resultados. Esta opção tem como objetivo premiar os colaboradores pelas metas batidas. Desse modo, está atrelado apenas às metas e objetivos concretos, não ao lucro da empresa.

Isso significa que caso a empresa tenha prejuízos, mas as metas forem atingidas, os colaboradores receberão a remuneração definida pelo programa de toda forma. 

Como oferecer PLR

Independentemente do segmento ou porte de sua organização, é possível oferecer esse benefício aos seus colaboradores. No entanto, é importante elaborar um plano para incluir o PLR em sua estratégia.

Além disso, vale ressaltar que o fato de ser abrangente não quer dizer que o pagamento pode ser feito de forma aleatória. É preciso seguir regulamentações específicas.

Portanto, antes de oferecer esse benefício, siga as dicas abaixo:

Defina quais metas farão parte do pagamento da PLR

Antes de mais nada, a empresa deve analisar com calma quais são as metas mais importantes para seu negócio e que devem fazer parte do pagamento da PLR. É importante selecionar aquelas que são relevantes para o crescimento e obtenção dos lucros desejados por seu empreendimento. 

Dentre as metas mais escolhidas por algumas empresas estão: de absenteísmo, de produção, de reclamação de consumidores, de faturamento, devolução de mercadorias, de lucro, etc.

É importante estabelecer metas desafiadoras, mas, que ao mesmo tempo, não sejam impossíveis de serem cumpridas. Caso contrário, os colaboradores se sentirão desmotivados. 

Escolha os representantes da comissão

Para oferecer a Participação nos Lucros, a empresa deve definir uma comissão para cuidar da PLR. Ela deverá ser composta por representantes da própria empresa, dos colaboradores e também por profissionais indicados pelo sindicato.

Isso é fundamental para que o pagamento do benefício seja feito corretamente e nenhum contratempo aconteça.

Comunique com clareza os termos do PLR

Outro ponto fundamental para a implementação, é ser devidamente claro sobre as condições para o pagamento da Participação nos Lucros. Para isso, realize uma reunião com todos os colaboradores e lideranças de cada setor para explicar o objetivo do benefício e esclarecer todos os pontos importantes e dúvidas sobre o assunto.

É necessário que todos os colaboradores saibam exatamente quais metas precisam ser batidas para ganhar o benefício. Isso evitará qualquer mal-entendido.

Portanto, promova o diálogo interno e conte com os líderes de cada equipe para acompanhar a produtividade de seus subordinados e propor melhorias para que todos consigam alcançar suas metas.

Ainda que não seja uma obrigação para as empresas, estabelecer a Participação nos Lucros e Resultados pode ser uma excelente forma de melhorar o clima organizacional e reter talentos. Portanto, se sua organização está procurando formas de maximizar a motivação e produtividade, não deixe de adicionar o PLR em seu programa de benefícios.

Vantagens para as empresas

Há inúmeras vantagens de se implementar um programa de participação nos Lucros e Resultados em uma empresa. Por meio dele, os colaboradores percebem que estão sendo valorizados por seu trabalho.

Isso garante que mais funcionários se comprometam com o seu negócio e busquem sempre obter melhores resultados.

Com uma equipe mais produtiva e engajada, além de obter mais lucros, a empresa passa a oferecer melhores serviços e atendimento a seus clientes. Ela terá colaboradores realmente preocupados em alcançar mais consumidores e fazer com que eles se tornem fidelizados.

O PLR estimula o crescimento do negócio, pois os colaboradores se sentem realmente parte importante da empresa e sabem que suas ações são cruciais para que todas as metas sejam batidas.

Uma outra vantagem para as empresas é que o PLR não tem ônus tributário. Desse modo, não é preciso se preocupar com taxas na folha de pagamento. Além disso, o programa de Participação nos Lucros pode ser deduzido do Imposto de Rendas.

Outra taxa preocupante para os negócios que é reduzida é o turnover, que representa uma grande rotatividade na empresa. Ela atrasa o desenvolvimento dos negócios e pode impactar diretamente nos lucros.

Como citamos no início deste artigo, a oferta do PLR é um dos grandes atrativos de talentos. Portanto, a taxa de turnover é reduzida, visto que os profissionais não querem abrir mão de sua vaga.